quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
TOP 1 - A IMAGEM DE 2011
domingo, 18 de dezembro de 2011
RODAS
Eu tb vou brincar de ser honesta: não entendo nada de rodas.... mas fico inclinada a gostar destas aqui, e quando me dou conta do estrago que elas fariam no mundo... HUM... penso que talvez seja demais...
bom, em 2012, vou tentar aprender alguma coisa.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
NO DOS OUTROS É REFRESCO
Este é o ponto. No portfólio do ilustrador, não há nenhuma explicação, mas olha só como a arte do produto, por si só, já explica tudo.
São 4 tipos de molho, cada um com uma intensidade de "ardor". Como diz o ditado, "passarinho que come pedra, sabe o .. que tem!".
A primeira categoria traz um mariachi romantico, tipo, para não fazer feio no jantar com a chica. Traz também uma indicação, "Jr.", ou seja, para aspiras de Cabron´s.
A segunda categoria é uma mulher (hum... tipo "para meninas"), a terceira é um homenzinho com a capa vermelha (não tem chifre, mas está meio endiabrado, ou seja, o negócio é com o tinhoso).
A quarta categoria é de matar! É a própria, a morte! O nome é o melhor, "Inferno Extreme". Reparem nos pobrezinhos escondidos embaixo da capa.
Meu 0 chorou só de lembrar da última vez que comi no mexicano.
E para quem não entendeu, fica a legenda das pimentinhas, indicando o grau de periculosidade do produto.
Amei!
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
INTERESTADUAL DE TRIATHLON BROTAS
Eu....
"Clau, tudo bom, tá dolorida????
Vc viu que recebemos no kit, um papelzinho do Interestadual - R$ 90,00 (até 13/11) - em Brotas, dia 04/12.... Vamos?? A gente fica lá no meu sítio... gasta só a gazoza...
vamovamovamovamovamovamovamovamo
bjs
Carol"
Ela...
"Oi tudo bem e com você?!?!?!
Estou com um pouco de dor nas canelas, mas só, ainda bem?!?!?! E você?
Eu comentei com a Fábio sobre esta prova de Brotas, fiquei com vontade sim, mas será que eu consigo, é um olímpico, né!! Você viu que eles mencionam que é um percurso desafiador.
Vou falar com o Fábio, mas daí eu não farei o biatlhon em 26/11 e faço essa do dia 04/12!!
Depois confirmo para você! Blz.
Bjs,"
Eu....
"Até que eu não estou dolorida, mas aquele machucado na canela, do chip, está incomodando (estou de bota).
Meu, vc consegue fazer o olímpico, tenho certeza!!!
O percurso lá é subida (lá só tem subida - rs), mas a gente marca de ir lá fazer um treino antes... sussa!!!
Vc vai tirar de letra, o máximo que pode acontecer é sofrer na corrida...
Mas vida de triatleta é assim mesmo, vira e mexe a gente sofre na corrida!!!!
Eu não vou fazer o T.Brasil para fazer esta prova... acho que vai ser mais legal e vou economizar muuuuuuuito!!! rsrsrsrs
Me avisa!
bjs"
Ela...
"É isso aí!!Esqueci de comentar, você acredita que eu sonhei com a velhinha de Santos, caminhando na areia da praia!! Depois te aviso!
Bjs"
Eu...
"hahahaha
véia doida!!!"
Ela... (2 dias depois)
"Bom Dia, Carol,
Vamos fazer a prova em Brotas!!"
Pronto...
No sábado, a Claudia apareceu na minha casa comendo uma caixinha de mini-Eskibom. Eu: "Claudia, o que é isso? Comendo doce antes da prova!!". Ela: "Qué qui tem??". Eu peguei um, coloquei na boca e pensei: "herege".
Fomos direto para Brotas retirar os kits e assistir o simpósio técnico. Meus pais têm um sítio em Águas de São Pedro, e costumo pedalar na serrinha de S.Pedro, mas na direção do Saltão (a prova é na mesma estrada, mas na direção de Brotas). Quando chegamos ao local da prova, não fiquei surpresa, era o que eu estava esperando: um sobe e desce danado, com uma paisagem danada de linda.
O simpósio era obrigatório e foi looongo. Chegou um momento onde não aguentávamos mais, tivemos um ataque de besteirol, as duas na primeira fila, rindo de tudo, no maior estilo 5ª série, fazendo piadinhas infames sobre ficar com o "torso de fora", enquanto nossos ouvidos eram bombardeados com questões filosóficas como "além do capacete, temos algum equipamento de segurança obrigatório?". Colete a prova de balas? Ok, cada um é livre para perguntar o que quiser e no caso, talvez a pessoa estivesse pensando em óculos de sol.... mas nós somos más... malas... e nossos pecados seriam pagos no dia seguinte.
Tínhamos que deixar a bike no sábado mesmo, o que eu não gostei nem um pouquinho. Morro de ciúmes e medo de acontecer alguma coisa. Tem chovido forte no interior e eu sai de lá pensando no pior.
Dormimos no sítio, sem surpresas: arrumamos as coisas, comemos macarrão e dormimos cedo. 10h30, todos se recolhendo, e o Glau... "Meu, não sei por que vocês tem esta paranóia de ir dormir cedo antes da prova". Eu pensei: “herege”.
Confesso, estava com medo da natação. Nadei pouco, emendei feriado com a semana que fiquei gripada, depois + 1 semana com preguiça de acordar cedo, nadando pouco nos treinos duplos da noite.
Na concentração pré-largada, indecisão. A minha: com ou sem roupa de borracha? A da Claudia: entro ou não entro na água para aquecer? Apesar do ventinho gelado da manhã, a água estava uma delícia e eu nadei até que bem. O segredo? Orientação. Consegui ficar com um grupinho e não me perdi. A lição: além de não ser tão veloz, ainda me perco quando sobro na água.
A prova MESMO começou na bike. No simpósio explicaram que a ida seria fácil e a volta bem difícil. Já na primeira subida da serrinha eu senti que as coisas seriam complicadas, estava sem volantinho (quebrado, para variar) e o bicho pegou. Comecei a ter pressentimentos em relação ao fato da volta ser mais difícil, porque a ida já estava dolorida naquelas alturas. Resolvi relaxar. Afinal, meu volantinho pifou no último treino, e eu não levei para arrumar durante a semana, mesmo sabendo que a prova teria muitas subidas. Azar o meu. Fui indo, subindo, descendo, fazendo força... quando então comecei a descer, descer, descer, só descer. Do meu lado esquerdo, a galera subindo, subindo, só subindo, numa romaria bem pior que o purgatório da corrida de Pirassununga. Rostos distorcidos andando em zigue-zague. Também vi gente subindo direitinho, ou seja, é possível, é uma questão de técnica e treino. Eu lá, descendo, direto para os braços do meu algoz: o volantão. Sofri e penei com meu volantão. Na segunda volta, não tive escolha, quando cheguei na altura do tatu morto (tinha um tatu morto no meio da estrada), desci e empurrei a bike, sem cerimônias. Minha lombar agradeceu. Na corrida, adivinhem? Muitas subidas e descidas. Não tem estratégia... tinha que fazer força. Eu sai no maior estilo kamikaze. E não é que me senti bem no início? Fui solta e forte, até o retorno do 5km. Aí ferrou, a perna não obedecia mais, as costas/lombar começaram a doer muito para subir... e era assim, 1 subida + 1 descida... sei lá quantas. Comecei a andar nas subidas, correr nas descidas e assim fui até o final.
No final, desarrumando a transição, vieram várias (2) pessoas me perguntar: “você era a menina que estava subindo no volantão??? Noooossa...”. E eu: “olha aqui (mostrando a bike), meu volantinho não entra, ai eu pensei... ferrou... mas eu vou mesmo assim... e záz e záz...”, toda animada e orgulhosa do meu feito. A burrrrra ficou com preguiça de arrumar a bike, sofreu e saiu como heroína.
Nos finalmentes, apesar das minhas andanças na bike e na corrida, fiz uma ótima prova/treino. Os meus primeiros 5km me deixaram confiantes, minha corrida está encaixando como nunca, agora é aumentar o volume e treinar para os 10k. A natação.... é aquilo, continuar tentando resolver minhas fraquezas (força e nadar na direção certa).
Vale um comentário sobre organização da prova.
O simpósio obrigatório e longo não foi nada diante de uma prova muito legal, bem organizada e com ótimo custo/benefício. De verdade, foi além das minhas expectativas. Li que teriam várias coisas inclusas, mas pensei “hummmm, vamos ver!”. Vi. Preço de inscrição razoável. Camiseta bonita, com tecido bacana, tamanho feminino. Tudo organizado. O lugar era lindo, o percurso difícil (isto também é muito legal, te faz ser um atleta melhor). Quando eu andei na bike, apareceu um staff de carro perguntando se estava tudo ok, se eu precisava de algo. A água acabou no retorno do 5km, mas minutos depois, apareceu uma moto com 2 copinhos para mim (pode ser que isto seja inviável em provas maiores, mas demonstraram atenção e cuidado com os atletas). Tinha um lugar para tomar banho depois da prova (esquema camping, sem frescura). Jantar, café, almoço e transporte para o local da prova. Eu almocei apenas, mas estava tudo certinho. Sim, é possível! Não sei dos detalhes, do que foi pago pela organização, o que foi parceria com patrocinadores. Só sei que foi uma surpresa boa. Tomara que mais provas assim sejam feitas no ano que vem. Vai ser muito bom para nosso esporte.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
TRIATHLON STA CECÍLIA
domingo, 23 de outubro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
MOMENTO TWITTER: A LOUCA DA FILA
Ontem tive vontade de dar uma twitada. “Nah Nah” – pensei – “esta vale um post, até porque não tenho twitter”.
Estava na fila do mercadinho aqui do bairro. Em marquetês, um pequeno varejo, de 1 check out. Gosto de ir nos mercados e lojinhas e afins do meu bairro. Sempre que consigo, dou preferência e compro por aqui. Penso que estou incentivando o desenvolvimento do lugar onde moro, e também acabo não me influenciando e comprando o supérfulo, a loja é pequena, só tem o essencial.
Bom, voltando ao momento twitter, estava na fila para comprar frios e uma jovem senhora puxou papo. Tínhamos uma televisão ligada atrás do balcão, passando a reprise da final feminina do vôlei feminino, Brasil x Cuba. Ela disse:
“Nossa, você viu o jogo, foi demais...”
“Não vi, não deu, mas disseram que foi mesmo” (sorriso)
“Elas jogaram muito. E a natação, vc viu...”
“Eu vi alguma coisa, tá legal né...” (sorriso)
Até aqui, o nível de identificação era 100%
“Nossa, tá demais, eles estão nadando muito. Eu adoro esporte, eu acompanho tudo, na minha casa nunca teve briga por causa de futebol... eu mesma ligo a TV para assistir”
“Ah... eu tb” (sorriso)
“Agora no Pan, eu deixo minhas coisas para assistir, a louça na pia, começo a faxinar com a TV ligada, quando vejo, o pano tá para um lado, a vassoura de outro, e eu assistindo TV”
“Eh... eu tb deixo de fazer umas coisinhas em casa às vezes...” (sorriso meio preocupado)
O nível de identificação baixou um pouco, na verdade, muitas vezes eu deixo de fazer estas coisas para treinar. Mas comecei a ficar pensativa, achar a mulher meio louca... será que vou ficar louca assim...
“Mas quando começa a Malhação, eu troco. Ah... desde que começou a Malhação, as meninas começaram a ficar grávidas, foi isso que a novela ensinou”
“Ah....” (sorriso amarelo)
“Vc viu a morte do Kadafi... tem que matar mesmo. Eh igual o Lula, veja quem são os amigos dele, Chavez, Fidel... diga me com quem andas e te direi quem és”
“Tchau” (MEDO)
Aff... tem gente louca no mundo!!
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
MUITA PROVA, POUCO TREINO
Quarta fiz um Duathlon, sábado um Biathlon, tudo para driblar a preguiça e me manter treinando.
No Duathlon, a idéia era fazer força, acabei fazendo meu melhor tempo em 5km DA VIDA... mas depois não consegui pedalar, quebrei feio, deu vontade de chorar...
LEMBRETE 1: este esporte é uma sequência de modalidades, não adianta ser excelente em uma e um lixo em outra.
Mas posso confessar? Valeu os 5km, fiquei muito feliz. Se tivesse que fazer de novo, faria igualzinho - rsrsrsrsr!
Quinta estava moída, sexta descansei.... (Romáááááriaaa... brilha muito no triathlon - rsrsrsrsrs)... e sábado fui debaixo de chuva torrencial para Santos, fazer o SP Open, 1 mts/ 6km, o que planejei ser um treino bom de transição.
Acertei. Se não tivesse me inscrito nesta provinha, jamais teria saído da minha cama para treinar este sábado. De quebra, me lembrei de mais uma.
LEMBRETE 2: você precisa estar com os treinos de natação "em dia", mesmo que isso não te torne a Ciela.
Saí quebrada da água, com vontade zero de correr, igual criança ruim que não quer ir à escola. Coloquei os neurônios em ordem e segui.... velocidade cruzeiro... enganando a mente.
Um grande salve ao meu MAIOR INCENTIVADOR, o Glau, que foi comigo e ficou me esperando na chuva, sem reclamar nem um tiquinho.
Valeu pelos 5K da vida, pelo treino e pelos lembretes!!!
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
TREINE FELIZ
sábado, 24 de setembro de 2011
PEIXES
Só que cantam sem ruído
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
TRAVESSIA CIRCUITO NETUNO SANTOS
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
REFLEXÕES
Se você tem paciência, segura na minha mão, faz o sinal da cruz e vem comigo! (créditos Katylene).
Sou super apaixonada por esportes, daquela que assiste tudo, luta, x-games, olimpíada de inverno, de verão, tênis, alpinismo, aquele campeonato dos fortões puxando caminhão, etc.
Pratico esporte há um bom tempo, tenho um estilo de vida esportivo, e me beneficio de alguma forma disto. De muitas formas. Mas não tenho o compromisso que um atleta tem com performance. No meu caso, porque EU NÃO TENHO PERFORMANCE , mesmo treinando direitinho!! Explico. Não tenho aquele talento físico, aquele tchans natural, caixa e lata, para ser uma atleta de performance, que vai brigar pelos primeiros lugares, mesmo no amador.
Ah, e sem pudores: adoraria ter.
Há quatro anos, descobri o triathlon. Que lindo. Mesmo.
Gosto de treinar, tenho disciplinada e persistência. Não me intimido com desafios, sempre parto do princípio de que posso fazer as coisas, de que sou capaz. O triathlon é gentil e amável com aqueles que têm estas características (ou querem desenvolvê-las). Parece meeega difícil, mas não é. E eu falo isto para todo mundo. Mas tem que gostar de treinar... e o mais importante, treinar (tipo, FAZER os treinos).
Sou competitiva, não tenho vergonha de dizer que AMO ganhar. Amo quando a pessoa, o time para quem estou torcendo, ganha. Amo ganhar no dominó. Amo quando meu trabalho (profissional) se destaca e é reconhecido. No começo da minha jornada triatlética, eu ficava muito decepcionada quando chegava por último. Foi uma espécie de choque – “poxa, estou treinando direito, como posso ir tão mal?”. Até eu entender que aquela lei da física também valia aqui (vc é rápida? depende do referencial), e que para mim as coisas seriam mais difíceis... eu não tinha referência. Eu tentei, tentei e tentei. Até eu vestir as sandálias da humildade, levou quase um ano.
O que me salvou de ter virado uma mala sem alça (assim imagino), ou de ter desistido, é que minha autoestima é (quase) inabalável. Não sou auto-suficiente, mas minha atração pelas missões aparentemente impossíveis vem do fato de que eu (penso que) posso tudo, até que se prove o contrário. Eu ainda acho que posso ser uma boa triatleta. Se não der... ok também, isto não tira meu valor nem tudo que eu ganhei tentando, desde que eu não venda minha alma ao diabo (ave Maria cheia de graça... não existe café de graça!!!).
Não tem aquele conto que diz que o importante é o caminho? Adianta ter “sucesso” se você fode o caminho?
Hoje em dia, treino com a mesma vontade do início. Mas alguma coisa mudou. Naturalmente mudou. Ainda me decepciono quando vou mal, mas na maior parte das vezes estou comemorando cada minuto ganho. Se não é fácil ganhar minutos, para mim é muito difícil. Comemoro cada treino feito. É um saudável fazer o que gosta (hobby) trabalhando das 8 às 19hs. Já identifico melhor os motivos que fazem as coisas não irem bem, e ter consciência é o maior barato!!! (consciência corporal é o maior barato).
Eu já tinha indícios, já estava neste caminho. Só que agora, depois de Penha, ficou muito claro. Eu sou uma pessoa melhor do que eu era quando comecei, mais humilde e consciente. Talvez eu não possa fazer um super tempo. Mesmo assim, minha jornada é alegre. Este blog me ajudou nisto tudo. Eu brinco de ser atleta. Eu valorizo muito o trabalho, as vitórias e derrotas de um atleta de verdade.
Talvez por isto, eu não tenha me sentido muito parte do evento, da prova (Penha). Engraçado, acho que este post é sobre isto. Parênteses: 20 parágrafos depois, eu descubro que este post é uma espécie de mea culpa por não ter achado fazer uma prova 70.3 IronMan assim.... grande coisa.
Eu gostei da prova, valeu mesmo. Mas meu ponto é: nosso esporte é muito ROCK´N ROLL. Só que eu estava lá em Penha e achei tudo BOSSA NOVA, meio blasé. Nada contra, mas desconecto.
Ok, talvez seja só blá blá blá. Talvez seja eu, então. Talvez eu não pertença mesmo.
Hoje, na internet, estão rolando várias discussões sobre vácuo, sobre ter ou não equipamentos, doping. Verdadeiras críticas ao que este esporte virou. Seria um movimento de resgate ao que o esporte (IM) era? Sempre competitivo, provavelmente com casos de doping, porém mais roots, primitivo, instintivo, divertido.... tipo “quem é o mais louco nesta p#@%, quem faz os treinos mais insanos, quem arrisca mais”.
Sinceramente, estou mexida. Quero estar atenta aos meus próximos passos dentro do triathlon. Quero me certificar de que cada treino, cada competição, de que tudo isso fará de mim uma pessoa melhor, uma pessoa contente, menos careta. Já tenho planos, quero me divertir mais e mais e mais... e vou fazer direitinho a conta, não vou bobear.
Meu talento é outro, o que não me impede de praticar MUITO esporte, de me testar, me jogar numas roubadas e fazer coisas muito legais. Quem sabe eu até fique boa? Eu quero é rock.
PS nada a ver: o rock morreu, renasceu, morreu de novo, viveu e assim ele vai seguindo seu ciclo, se reinventando. E este rock nacional de hoje está gritando “Por favor, me dê um tiro de 13!!!”. Isto não tem nada a ver com a época, idade... tem a ver com as pessoas, com o que elas valorizam e sentem. Este final de semana, assisti “Homem do Futuro” e descobri, depois de 15 anos, que gosto de Legião Urbana. Eu já gostei de Legião, meu pai ouvia quando eu era criança, e me lembro de perguntar pra ele, no banco de trás do carro, o que significava “não sou mais tão criança ao ponto de saber tudo”. Ele me explicou que era bobagem achar que adulto sabia de tudo. Legião existiu, morreu e voltou a existir agora. Passei a semana toda pensando em triathlon e cantando “Somos tão jovens!”.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
70.3 PENHA 2011
“Para saber se a água de um balde está quente ou fria, deve-se meter a mão no balde. De nada servirá a discussão, por mais brilhante que possa ser” – Sabedoria Zen
Planejamento
Olha a diferença entre o pensamento oriental e ocidental.
Um mais voltado para mensurações, o tangível, e o outro mais zen...
Eu, aos 45 do segundo tempo, fiz meu planejamento de prova, de tempos, de alimentação, de viagem. E mais... planejei o depois. Sim sim, eu ia parar, mas ganhei uma curta carência e fecharei 2012 triatlética, cheia de planos e provas.
Caderneta
Eu amo cadernos, caderninhos e afins. Adoro escrever à lápis (não que isso tenha alguma coisa a ver...). Para Pira, eu comprei um especial e lá anotei tudo o que tinha que fazer, de quanto em quanto tempo comer, o que fazer 2 dias antes, etc. E foi o que foi. Por curiosidade, quantifiquei (tb amo estatística, principalmente aquelas que não indicam nada, preciso parar com isto antes mesmo de deixar de treinar, pois isso sim vai me deixar louca) e pasmem.... 45% saiu de acordo com o planejado. Ok, várias justificativas para defender o planejamento, realmente ocorreram imprevistos graves na bike e a corrida foi.... hum... difícil (hehe).
Para Penha, fiz uma tosca planilha de Excel. Faltou glamour e tempo. Em compensação, mais experiente, desenhei 3 cenários: o Paraíso, o Realista, o Aceitável.
Qualidade e Bem Estar
Tenho a sensação de que treinei menos e com mais qualidade. “Treinei menos” é heresia, talvez “descansei mais” seja o termo adequado. Tirando as dores e a quebradeira normal de treino, não tive problemas na minha preparação (como tive para Pira, joelho, tíbia, costas).
Sofrimento e Penar
Treinei minha mente para sofrer. Fiz treinos onde sofri, principalmente de corrida. Meu objetivo era aumentar minha zona de DESconforto. Meu mantra foi “eu gosto de massagem, mas tenho que sofrer na prova, tentar ir mais rápido...”. Brincadeiras à parte, tem dado certo, o que nos leva ao próximo ponto...
Confiança
Estava mais confiante, tudo deu certo nos treinos. Prova é prova... mas era outra pinga, já não estava nas minhas mãos.
Confiante? Sim! Preparada? Nunca!
Mini Race Report
Viagem = tranquila, sem imprevistos. Tirando o Glau que alugou um carro em Joinville (fomos para Navegantes).
Tempo = frio na quinta à noite (tomei até vinho para esquentar), sexta MUITO frio e vento, sábado (dia da prova) MELHOR que sexta, mas ainda frio para mim. Ok, eu sou uma banana para frio.
Alimentação pré-prova = ok, dentro do planejado, sem imprevistos.
Sono pré-prova = idem (difícil eu não dormir – será que estava relaxada demais? Será que é melhor ficar mais preocupada? rsrsrsrs).
Natação = água muito fria, roupa de borracha larga... mas o tempo foi dentro do previsto.
Corrida = aqui o bicho pegou... de novo! Apesar de bons treinos, de transições realmente muito boas, me senti muito mal na corrida. Já saí com o batimento lá em cima e correndo abaixo do ritmo programado. Pensei que talvez fosse o frio, tenho asma e demoro para encaixar com temperaturas mais baixas, mas não. Fui em um ritmo lastimável do qual não consegui nem aumentar, e nem precisei diminuir –rs. Simplesmente não encaixou. Porém, ao contrário de Pira, a cabeça não foi o problema. Estava satisfeita com a prova e com tudo até ali, sabia que estava mal e que não tinha muito o que fazer... a não ser aproveitar e me colocar uma única condição: não andar (terminar eu sabia que terminaria... e melhor, viva - rs).
segunda-feira, 18 de julho de 2011
LE TOUR DE GLAU
A programação era a seguinte: tomar um café da manhã de atleta na padaria, digerir o café assistindo o Tour de France, almoçar um almoço de atleta, digeri-lo fazendo qualquer coisa (uma soneca, quem sabe), e sair para um giro de corrida, lá pelas 15h30.
Quando meu marido (Glau) retornou de suas andanças, o Tour tinha acabado de acabar e eu já estava entrando numa soneca boa no sofá, mas acordei e logo peguei minha check list. Constatei: hora de almoçar! O Glau ponderou “por que não correr agora? Estou sem fome nenhuma e já tiramos isto da frente”. Eu estava com fome. Além disto, meu café da manhã de atleta não era suficiente, minha reserva de gel se foi sem ser reabastecida... que fazer? Abri a geladeira e vi que tínhamos 1 pedaço de pizza de atum... hum delícia... comi.
Alonguei, olhei o tempo, nem frio nem calor, ótimo! Qual percurso? Ele imediatamente definiu “Imigrantes – Anchieta” (Servidei Demarchi / Estrada do Batistini – SBC). Bem, percurso difícil, 11 km que valem por 15, já que as subidas são muito duras. Eu topo! E estamos perto de casa, caso a pizza vire revertério, eu tinha para onde correr (de volta para casa, literalmente).
Eu já sou conhecedora deste caminho: “Glau, é melhor seguirmos sentido Anchieta primeiro, é plano e aquecemos bem. Ir direto para Imigrantes significa aquecer na ladeira mais dura”. Neste momento, o Glau com feição muito séria, de quem sabe o que faz, pediu um voto de confiança – “Vamos para a Imigrantes, vem nimim”. Claro que eu dei meu voto, pedindo assim! E lá vamos nós, sentido Imigrantes. Iniciou-se o que futuramente será conhecido como Le Tour de Glau.
Ele corre infinitamente mais rápido que eu, mesmo eu treinando infinitamente mais que ele (maldito!), mas segurou bem o ritmo para me acompanhar. Sobe, desce, sobe, desce. Ele mantendo-se sempre a uns 30 mts na minha frente. Chegamos na interligação e ele segue em direção a Imigrantes mesmo, para a estrada. Para minha surpresa de motorista, que não repara bem no caminho, este trecho é MUITO íngreme, gente, é uma subida daquelas que vc inclina o corpo e vai na ponta do pé! Eu comecei a querer xingá-lo, quando entramos na Imigrantes mesmo.
O barulho dos carros, caminhões, etc é muito alto. E a adrenalina, o medo? ? Comecei a me sentir estranha, a boca começou a secar, quando então começamos a... tchanam... subir. Cara, são 1,5 km de subida sem sair de cima. Ai vendo aquele morro lá em cima e a cabeça meio borrada (efeito asfalto/calor) do meu cônjuge, comecei a gritar “Glaaaaaucus”. Claro que ele não ouvia, parecia até acelerar mais. De repente ele dá aquela olhadinha e eu abro os braços, como quem diz “Até onde vamos? ? ? ?”. Ele parou. Quando o alcancei e consegui fazer a pergunta que estava me matando de curiosidade, ele respondeu sorridente “vamos até a primeira saída, entramos “por dentro” e vamos sair lá na Brasul (perto da nossa casa), vai dar uns 15 km”. Eu devia ter desconfiado, na verdade eu desconfiei, mas não quis dar uma de chata e fui com uma condição: “Preciso tomar água”, foi o que eu disse, assim, verbalmente. Nas entrelinhas, estava dizendo “vc é o macho provedor fdp responsável pela minha sobrevivência neste momento, vá dar um jeito de me arranjar água”. Ele leu nas entrelinhas e avistou um posto de gasolina. Como ele estava um pouquinho na minha frente, foi na direção do banheiro e entrou direto no masculino. Eu fiquei lá fora esperando ele sair, para pegar o dinheiro e comprar uma água na conveniência. Quando ele saiu, me olhou espantado: “já bebeu? ? ? ?”. Hein? ? “Já bebeu água na torneira do banheiro feminino? ?”. A desconfiança virou certeza, sim eu estava na maior roubada. Bebi água na pia do banheiro, rezando para não pegar nenhuma doença intergaláctica, mas não reclamei.
O caminho “por dentro” se revelou aquilo que vocês já devem estar imaginando: um sobe e desce com ladeiras dignas deste post de bem mais que 140 caracteres. Eu pensei: “minha vingança vai ser não desistir, ele deve estar morrendo de vontade que eu sente, chore e peça um taxi. Vamos lá Carol, vc vai até o fim”.
A cada início de subida, o Glau dava aquela olhadinha para trás, com cara de cachorro quando faz coisa errada, e me mandava um sorrisinho travesso. Nesta altura eu me dei conta de que nem ele imaginava que seria aquilo. E o pior, comecei a achar que ele não sabia direito onde estava. Tive certeza quando chegamos na praça que fica entre a Kennedy e a João Firmino, ou seja, bem longe da Brasul.
Paramos para beber água no tanque de lavar roupas, no posto da PM. A esta altura já doía até o terceiro olho e o ritmo, que até que estava bom (acho que adrenalina), caiu bastante. Continuamos, entramos na Anchieta (mais medo), entramos na Servidei novamente e fim, casa!
Quando acabou, minha vontade era xingar, mas estava cansada e a situação do dito cujo tb não era muito diferente, deu dó. Foram 2hs de corrida (contando as 2 paradas, que devem ter dado uns 5 min). A kilometragem ttl não sabemos, precisa medir com carro. Ou não, podemos inventar uma na hora de contar a história... dizer que foram 25km, ou 31... sei lá.
De qualquer forma, dado o período festivo que o ciclismo vive hoje (e pedindo uma licença poética já que não fomos de bike), patenteamos o percurso como Le Tour de Glau. Eu já devia saber que vindo do meu cangaceirinho predileto, fácil não ia ser.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
BIKESONTERAPIA
Justo agora que eu não posso ficar gripada. Descansar? Pensei “não, se for para ficar doente, então que fique logo, vou treinar”. Saí do escritório com uma garoa fina comendo. É melhor não arriscar tanto e treinar no rolo.
Musiquinha ou DVD? Será que está passando reprise do Tour de hoje? Ah, musiquinha é melhor. Mas tem que ser O SOM, porque estou precisando de terapia. Musicoterapia? Hum, clichê demais. Roloterapia... meio pornô.... bikesomterapia é melhor!
Aquecimento
Primeiro som foi Concrete Blonde, álbum Mexicam Moon. Comecei pedalando bem leve com “I call it love”– “some call you Allah, some call you God, some call you Buda, I call you Love, some call you power come from above, some call you Jesus, I call you Love”. O clima piscoldélico que esta música tem e o fato da Johnette Napolitano ser metida com umas bruxarias fez deste momento uma espécie de pedido de benção para meu treino. Uma reza pedindo autorização para andar por alamedas mais selvagens...
Continuei com “Bajo la luna mexicana”, do mesmo disco. Pensei em voltar a tocar e aprender esta música no violão. O refrão é colento e dramático “Thinking of you under de mexican moonligth”.
Ainda pedalando leve, mas ofegante por conta da gripe e da cantoria, pensei em ouvir algo mais sombrio, lembrei de Evanescence, um som “meio assim suspeito” - rs, mas que eu já ouvi e gostei em um passado recente. Começou “Going Under” e no segundo verso a moça cantou “chorei 50 mil lagrimas”. Lembrei do Matheus, meu afilhado de 5 anos, que estes dias disse para a avó que queria ficar “mil dias” na casa dela. A pergunta veio na hora: de onde é que surgem certos números? ? ? ? AH... da cabeça das pessoas! Sei...
Ah, para quem quer que interesse, sim eu estava pedalando. O ritmo já estava encaixado mas o som não estava rolando. Ihh, Evanescense não dá.... talvez eu tenha ido demais para trevas. Que tal algo mais hard rock, mas que esteja no meu mood?
Gira estas pernas menina!
“Nigthtrain” – Guns. Ah, eu gosto muito de Guns, fazer o que? “I never learn, I´m on the nigthtrain”.
Sem nenhum sintoma de gripe, no ponto, acelerei mais um pouco. Precisava de algo a altura. “Holly Wars” – Megadeth. Levei para o pessoal: “because I don´t say it, don´t mean I aint thinking it / the next thing, you know, they´ll take my thoughts away”. A média aumentou e eu cansei um pouco.
Lenta e pesada!
Na sequência “In my darkest hour” - ainda Megadeth. Aproveitei para colocar mais peso no pedal e acompanhar a cadência lenta da música e... cantei alto. Lembrei da minha mãe, que sempre ouve um cantor e diz “ah meus 15 anos” (não lembro o nome do cantor, acho que é Jonny Rivers, é aquele que canta “Do you wanna dance and hold my hand, tell me that I´m your man...”).
Para continuar fazendo força, “I just want you” - Ozzy – “There are no unachievable goals / There are no unsaveable souls / No legitimate kings or queens / Do you know what I mean?” Sim sim, eu sei o que você quer dizer!
O príncipe das trevas me presenteia com mais uma “Ghost behind my eyes”, um hino da esquizofrenia ou, em palavras mais amenas, uma reflexão para aqueles momentos onde nosso diabinho domina nosso anjinho. “I can´t see through you, you are the ghost behind my eyes, the ghost that tells me lies”.
Protesto! Mil vezes protesto!!
Voltei para cadencias mais altas com “Mr. Integrity” – L7. Ri quando ouvi “I´m not the enemy / Please don´t preach to me Mr. Integrity”. RÁ!
Eu protesto! “Ideologia” – Cazuza… meu sex and drugs não tem nenhum rock´n roll.
Desaquecendo em grande estilo...
... porém um outro estilo.
Uma das coisas mais bacanas de treinar é o “barato pós treino” (mesmo quando morremos de cansaço). Pois bem, no auge do meu drama, já curtindo os sintomas pós-treino, coloco “Freedom 90” – George Michael – o bola gato man!!!! A música toda foi uma sessão descarrego das bravas. Eu não pertenço à você, e você não me pertence. E quase em transe encarnei uma espécie de Sir William Wallace no Tour de France, abri os braços sobre a bicicleta e gritei “Freedom /Freedom/Freedom”.
A última das últimas foi “What´s going on?” – 4 non blondes. Gritei com toda a força dos meus pulmões “O que está acontecendo?”, eu e a banda de uma música só (e um cover do Led – rs), provando que TPM + INA (endorfina, adrenalina...) = coisas inacreditíveis.
Me deu até vontade de escrever no blog. Aqui estou, de cuca fresca, terapia feita.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
25 KM MARATONA SP
No ano passado, quando estava me preparando para Pirassununga, queria muito ter encaixado uma prova de meia-maratona mas não consegui.
No planejamento deste ano, escolhi como prova-treino os 25km que acontecem junto com a Maratona de São Paulo. Isto resolveria 2 questões: 1) treino longo de corrida; 2) poder responder "sim, eu estava lá!!!". Isto porque todos os anos, depois desta prova, as pessoas do meu convívio me param para dizer que lembraram de mim quando viram a prova na TV, perguntam se eu estava lá, e todo ano eu digo "NÃO, não sou maratonista, sou triatleta, faço provas mais curtas, etc, etc...". O mesmo acontece na época da São Silvestre. Este ano vou responder diferente - rs!!!
Em relação à preparação, nada especial para esta prova, fiz mais volume no início do ano mas minhas últimas planilhas estavam mais focadas em velocidade. Não corri mais que 15km, o que me deixou apreensiva.
Não descansei já que a idéia não era ir correr zerada. Treinei normalmente e no sábado, fiz meu treino de natação + pedal. De noite, fui "jantada" a um casamento e 10h30 já estava na cama.
Eu me acostumei demais ao ambiente das provas de triathlon, já não faço corridas de rua ha muito tempo. Por isto, estava um pouco "de bode" com a correria que teríamos que fazer para chegar na prova, mas para minha surpresa tudo correu bem: chegamos no tempo ideal (nem muito antes, nem muito em cima da hora), o guarda volumes estava organizado, muita muita gente, mas o clima estava bom.
Saímos eu e a Claudia com o objetivo de segurar no começo da corrida e forçar depois dos 15km. Saímos bem lentas por conta da muvuca, nós duas e o Zé. No 6º km, nos despedimos dele (que correria 10) e de boa parte da multidão. Aí sim, conseguimos desenvolver e controlar nosso tempo, a pista estava livre. Me engasguei no primeiro gel, o que me lembrou que ainda tenho dificudades para comer/beber durante a corrida (um ponto a ser corrigido). No 12º km, encontramos com os homens da elite passando pelos 21, muito lindo de ver, a galera grintando o nome do Frank Caldera, me deu um grande ânimo pensar que estava participando de um momento destes. Nestas alturas, comecei a sentir a musculatura da coxa arder. Pensei, "normal, é do pedal de ontem". Também pensei que pudesse ser a mecânica, que fica diferente quando corremos em um ritmo mais lento. Prestei mais atenção nos movimentos (foi um lembra/esquece até o final da prova). Um pouco afrente, passamos por uma banda, destas que os organizadores gostam de colocar no percurso. O som era "Alagados" do Paralamas. Porém o cantor estava aparentemente bêbado, e mandou um "alagados, FRINSFRAUUUU, favela da maré". Eu e a Claudia rachamos, e até diminuimos um pouco para ouvir ele cantar de novo (mas ele não cantou, mandou para a galera - ahhh).
Bom, já no km 16 o ardor da musculatura já tinha evoluído para dor mesmo, mas me lembrei do "filósofo" Macca: "quando começar a doer, é porque está acabando". Bem, faltavam mais 9km... é, estava acabando. Lá pelo 20, virou fadiga mesmo e no 22, o ritmo caiu bem, mas aí eu já estava feliz, na USP, perto da chegada. Até tentei dar um gás, o corpo respondeu... mas comecei a sentir um formigamento estranho, que nunca tinha sentido antes, e achei melhor não arriscar.
Passa a régua. Adorei esta corrida, não pelo evento em si, mas por como me senti nestes 25km. Eu e a Claudia fizemos um ritmo muito bom no meio da corrida, fiquei orgulhosa por isto, mesmo que tenhamos "quebrado" no fim, o que nesta altura do treinamento considero normal. Minha atitude foi positiva em toda a prova, principalmente depois dos 16km. Lidei muito bem com minhas dores e fadiga, porque sabia que elas viriam e me preparei. Quando a dor chegou, eu disse "ah, estava te esperando, me acompanhe neste mesmo ritmo e vamos juntas até o final", não fiquei negando e nem diminuí para ver se ela ia embora.
Terminada a prova, foi um perrengue conseguir um taxi para voltarmos para casa, não conseguimos. O jeito foi recorrer ao Santo Glaucus, que foi nos buscar.
Enquanto esperávamos, liguei para minha mãe, avisando que não me esperasse para o tradicional almoço de domingo. Ela me perguntou onde eu estava, eu disse "correndo em São Paulo" (somos do ABC, SP para ela é como se fosse outro país, muito longe), ela perguntou "ganhou troféu?", eu disse "não, é uma corrida com mais de sei lá quantas mil pessoas, não tem troféu" (não que me falte talento para isto mamãe - rs - falta troféu mesmo), ela "é esta que está passando na TV?", eu "essa mesmo", ela "eu disse pro seu pai que vc estava ai!!!!"
É mãe, eu estava lá!
sábado, 21 de maio de 2011
TRI & MASSA
de tudo um pouco
O tempo passa, voa, e a rotina trabalho/esporte/social continua numa boa...
É... quase... a rotina está pesada, um típico se vira nos 30.
Eu, que estou super acostumada a fazer mil coisas ao mesmo tempo... tô arreando as rodinhas. Ô loco meu!
Escrever no blog está sendo prioridade nº 100... (não que eu achei isso legal, mas no momento não estou podendo prometer o que não irei cumprir).
Por estes dias, até em show de rock eu fui, coisa que não faço ha um bom tempo. Na ocasião, fui dormir 1h30, alta madrugada.
OBS: Putza show, que minha família setentista não me ouça falar isto.... sou grunge/metal até morrer - rsrsrsrs. Mas e os sambas/forrós e pop que tenho ouvido nestes últimos 15 anos...??? abafa!!!
Enfim, minha vida está um fast food de massa do shopping: 10 ingredientes diversos que não combinam entre si... camarão com palmito com molho branco com ervilhas com manjericão... o sabor pode não ser lá essas coisas, só que onde mais você poderia usufruir tal iguaria?
flores e dores!
Voltei a fazer volumes mais altos nos treinos.
Primeira semana, impressão: delícia, acho que me acostumei com isto, Penha aí vou eu..."Issaaaa, saúde é o que interessa, o resto não tem pressa, yeah yeah, IIIIIIIIISSAAAAA!!!".
Segunda semana: legal, tá bom... vamos lá, rotina, regularidade, vida normal.
Terceira semana: ai meu Jesuisim Cristim, já me achou aqui de novo, larga deu homi! Fiz um pedal um dia desses e passei 10km dos 100 que tinha que pedalar, pasmei em cima da bike, perdi a noção do tempo e do espaço. Não recuperei durante a semana, me arrastei, fiz treinos que não renderam.
Aguardem cenas do próximo capítulo!!!
segunda-feira, 25 de abril de 2011
O QUARTO RABINO, O POETA
Uma noite quatro rabinos receberam a visita de um anjo que os acordou e os levou para a Sétima Abóbada do Sétimo Céu. Ali eles contemplaram a sagrada Roda de Ezequiel.
Em algum ponto da descida do Pardes, Paraíso, para a Terra, um rabino, depois de ver tanto esplendor, enlouqueceu e passou a perambular espumando de raiva até o final de seus dias. O segundo rabino teve uma atitude extremamente cínica. “Ah, eu só sonhei com a Roda de Ezequiel, só isso. Nada aconteceu de verdade”. O terceiro rabino falava incessantemente do que havia visto, demonstrando sua total obsessão. Ele pregava e não parava de falar do projeto da Roda e no que tudo aquilo significava... e dessa forma ele se perdeu e traiu sua fé. O quarto rabino, que era poeta, pegou um papel e uma flauta, sentou-se junto à janela e começou a compor uma canção depois da outra elogiando a pomba do anoitecer, sua filha no berço e todas as estrelas do céu. E daí em diante ele passou a viver melhor."
Não sou religiosa, não tenho idéia de onde fica o Sétimo Céu, se eram os deuses astronautas...
Ao ler esta história, minha cabeça fez uma associação imediata com o triathlon. Ok, não foi tão imediata, a associação veio quando cheguei na descrição do terceiro rabino. Não vou criticá-lo, pois, em algum momento, alguns mais outros menos, eu fiz e faço às vezes dele. Mas me chama atenção a atitude do quarto. Se superar nossos limites nos dá a sensação de que chegamos perto do divino, se o esporte nos dá disposição e felicidade para o cotidiano e nos faz encará-lo com mais determinação, então o esporte nos faz viver melhor...
Gostei desta história. O ponto não é se vc fica 10hs ou 30 min em cima da bike, e sim que tipo de atitude tomamos em relação ao esporte. O encaramos como meio para viver melhor? Perdemos o fio da meada tratando-o como obsessão? O tratamos com cinismo, dando menos importância do que realmente tem? Enlouquecemos? Quero me aproximar do quarto rabino, o poeta.
domingo, 17 de abril de 2011
DUAS PROVAS
terça-feira, 15 de março de 2011
CORPO
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
INTERNACIONAL DE SANTOS 2011
Internacional Santos
Meu segundo Internacional da Vida!
Prova que eu fiz pela primeira vez no ano passado, achando que era o máááááximo do desafio da distância fazer um olímpico.
P R E P A R A Ç Ã O
Voltando de Pira + Férias; + Musculação séria (sem faltar, comprometida) = pesada na corrida, mais força nas outras modalidades. Saldo nadarpedalarcorrer positivo. Gostando de treinar, da planilha, do cheiro de cloro no corpo.
Treinando a mente para correr e sempre dar aquela “puxadinha” a mais, para ver se saímos eu e meu corpitcho desta lama;
Muitos treinos de natação na represa, uns 5 (fato inédito no meu treinamento);
Emagrecendo novamente, mas a alimentação ainda não está redonda: muita preguiça de ir ao mercado. Faz diferença quando a fome bate e não temos nada decente por perto. Só whey salva!
Zero ansiedade para esta prova, muito diferente do ano passado, de Pira. Será evolução... será relaxo?
D I A A N T E S
Dormi até tarde, almocei com minha mãe e fui cuidar da beleza. Rumo a Santos, fomos buscar o kit játarde. O calor e clima abafado já sinalizavam o que viria. Fomos para o tradicional lanche num lugar que eu e o Glau adoramos. Cheguei em casa e lembrei: hum... esqueci de validar o chip!!! Caraca, reclamei a vida toda que não tinha chip e quando tem, esqueci de validar!!! O Glau já começou e encenar o Núbio “Eh Carolina, a gente te conhece! Cada prova vc arruma uma diferente... é touquinha que rasga, é plaquinha de bike que não vem no kit... agora o chipzinho!!!”. Ah seu Núbio, desta vez a cagada foi minha. Sorrrryyyy!!! Não abalou, fui dormir tranquilona.
D I A
O professor descobriu que o problema do chip não era um problema: a validação serve para conferir nome e categoria. Se estiver errado e eu chegasse em primeiro.... mas não seria o caso, então, borá largar.
Tudo conforme esperado, calor, decidi não ir de roupa de borracha: aqueles segundos a mais não funcionam para mim (na verdade eu precisava de algo que me desse uns minutos a mais). O inesperado: eu nadei bem. Meu tempo foi o melhor nos 1.500 (será que tinha?). Saí com as últimas, mas sai com elas, e não fui A última. Feliz! Muito feliz.
Fui com um plano: fazer força na bike. Tinha chego a hora e eu fiz. Só que quebrei faltando pouco menos de 10 km. Nossa, a volta pela Conselheiro Nebias parecia que tinha alguém segurando o guidão da bike. Mas foi bom!!! Muito pelotão hein, aff, eu lá com a cara no vento, mais uma 2 caboclas meio perto (mas não no vácuo), vem a mulher na motinho “Vcs não querem levar cartão agora no final, neah?”. Resposta: Eu não quero levar, a Sra quer dar? Abafa! Fiquei quieta porque era meu dia de felicidade, não de fúria.
Corrida: perfeita, no sentido que consegui me concentrar e sobreviver. Sabia que não faria meu melhor tempo, porque os treinos já me diziam isto com todas as letras. Mas queria saber até onde agüentaria fazendo força. O prof disse: “segura os 2 primeiros km”. Eu desobedeci, sai rasgando. Quebrei no 6. Tá bom! Não tinha água nos primeiros 6km, o calor estava infernal e eu lá, segurando pra 5,15.... depois desmoronei. Pé encheu de bolha, comecei a jogar água na cabeça, tomei Gatorade... o ritmo caiu bem. Mas ok, não sofri demais, não resmunguei, não busquei refúgios... só corri o mais forte que consegui.
T R I A T H L O N E S T R A G A
Tínhamos deixado o carro um pouco afastado, numa das avenidas com “canal” e fomos para o local da prova pedalando. Na fim da prova, voltamos tranquilões, eu e o Glau, empurrando as magrelas. Chegando na primeira destas avenidas com canal, o Glau olhou e disse: “não é esta, estacionamos na guia do canal, e aqui só dá pra estacionar na guia dos prédios”. Eu olhei e confirmei: “Vc tem razão! Vamos em frente”. E andamos mais uns 4 quarteirões, até o canal seguinte. Olhamos e vimos a mesma cena, os carros estacionados na guia dos prédios, e não do riozinho. Pronto! O Tico e Teco começaram a brigar feio. 2 descerebrados tentando entender o que aconteceu com o carro!!! Tivemos a sábia idéia de voltar, mas não pela beira-mar e sim pela rua do meio. E não a pé e SIM SIM, pedalando!!! O Glau num raro ataque de cavalheirismo, carregou as coisas dele e as minhas, parecendo aqueles ambulantes que carregam milho verde na panela de pressão. Achamos o carro, mas levamos uns 30 min nessa brincadeira, até na padoca a gente parou para comprar água e Gatorade. Quando chegamos no carro, jogamos tudo no chão, encostamos a bike, e sentamos na mureta, bebendo... Acho que foi uma tempo que demos para o cérebro voltar a funcionar. Triathlon é bom, mas estraga!
PS: no primeiro quarteirão, não se estaciona na guia do canal. A partir do segundo sim! Ah... Santos, sua engraçadinha!!!!!
E N F I M S Ó S
Adrenada, não conseguia dormir. O Glau estava moído. Deitamos e eu tagarelando. Mas ele se animou e ficamos falando da prova um tempão, ele contou que ficou no pelotão, que tomou cartão amarelo, que tinha uma menina fanha com eles, que ficava “esquerda, esquerda (fanha)”. Zuei ele, que quebrou na corrida e quase corremos para o mesmo tempo, ele disse que nunca mais faz prova sem treinar, que foi um sofrimento, etc. Pegamos no sono (por volta das 16hs). Acordamos já escuro. Eu com uma vontade de ir no Mac... quando olhamos 11h30 da noite!!! Meu, dormimos até 11h30. E agora? ? ? ? Levantamos, comemos e dormimos de novo!
D I A S E G U I N T E
Não estou quebrada, estou com dor no ombro e nas costas (muscular). Estou felizona, querendo treinar mais e competir mais. Encerro este relato assim, sem muitas conclusões, porque preciso ir dormir cedo (porque eu não dormi ontem – rs), amanhã tem piscina as 6 da matina.
bjs
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
IMAGENS MENTAIS
Elas são como oásis para onde minha mente vai em momentos de dor, dúvida, ou quando quero uma motivação, um lembrete agradável do que sou ou quero ser.
Ultimamente tenho recorrido a estas imagens pois estou me esforçando para treinar com mais qualidade, sem distrações (o tempo está curto, a vida está dura). Tem sido bom.
Eu tenho várias, mas as mais utilizadas são estas.
MÚSCULOS E NERVOS
Penso que meu corpo é mais forte do que eu imagino, e visualizo-o como uma máquina, gerando força mas trabalhando suave, no automático, quase que involuntariamente. Esta imagem requer uma boa dose de concentração (porque não vale se eu não estiver fazendo muita força). As vezes, chego a ver os músculos mesmo, no maior estilo aula de anatomia.
ITU
No início da minha carreira (ah vai??!!) de atleta amadora assistia muito os vídeos da ITU, e acabei marcando forte algumas cenas. É uma ótima fonte de inspiração, principalmente quando estou em busca da mecânica perfeita. A estética destas provas é linda. A largada, a transição relâmpago no tapetão azul, a forma física dos atletas. E a corrida? Ritmo forte, mecânica encaixada, sprint final. Lindo. Várias vezes, quando estou correndo forte, imagino que estou correndo como elas. Ou só o tapetão azul sob meus pés.
CRISSIE WELLINGTON
Minha referência quando sei que preciso de uma atitude POSITIVA, de confiança no meu TREINAMENTO, quando preciso SORRIR. Quando preciso me lembrar que não preciso fazer cara de má para ser a melhor do mundo (esta eu uso para meu trabalho também).