WORK HARD AND PLAY HARD

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O QUARTO RABINO, O POETA

"Os quatro rabinos
Uma noite quatro rabinos receberam a visita de um anjo que os acordou e os levou para a Sétima Abóbada do Sétimo Céu. Ali eles contemplaram a sagrada Roda de Ezequiel.
Em algum ponto da descida do Pardes, Paraíso, para a Terra, um rabino, depois de ver tanto esplendor, enlouqueceu e passou a perambular espumando de raiva até o final de seus dias. O segundo rabino teve uma atitude extremamente cínica. “Ah, eu só sonhei com a Roda de Ezequiel, só isso. Nada aconteceu de verdade”. O terceiro rabino falava incessantemente do que havia visto, demonstrando sua total obsessão. Ele pregava e não parava de falar do projeto da Roda e no que tudo aquilo significava... e dessa forma ele se perdeu e traiu sua fé. O quarto rabino, que era poeta, pegou um papel e uma flauta, sentou-se junto à janela e começou a compor uma canção depois da outra elogiando a pomba do anoitecer, sua filha no berço e todas as estrelas do céu. E daí em diante ele passou a viver melhor."

Não sou religiosa, não tenho idéia de onde fica o Sétimo Céu, se eram os deuses astronautas...
Ao ler esta história, minha cabeça fez uma associação imediata com o triathlon. Ok, não foi tão imediata, a associação veio quando cheguei na descrição do terceiro rabino. Não vou criticá-lo, pois, em algum momento, alguns mais outros menos, eu fiz e faço às vezes dele. Mas me chama atenção a atitude do quarto. Se superar nossos limites nos dá a sensação de que chegamos perto do divino, se o esporte nos dá disposição e felicidade para o cotidiano e nos faz encará-lo com mais determinação, então o esporte nos faz viver melhor...



Gostei desta história. O ponto não é se vc fica 10hs ou 30 min em cima da bike, e sim que tipo de atitude tomamos em relação ao esporte. O encaramos como meio para viver melhor? Perdemos o fio da meada tratando-o como obsessão? O tratamos com cinismo, dando menos importância do que realmente tem? Enlouquecemos? Quero me aproximar do quarto rabino, o poeta.

domingo, 17 de abril de 2011

DUAS PROVAS

Neste momento, escrevo do meu sofá enquanto meu ilustríssimo esposo relaxa de cueca no chão da sala, ainda sem ter tomado banho, ao som de Enya (direto do mundo dos elfos). E há quem ache que ele é um ogro – hahahahaha. Bom, voltando do mundo dos elfos, retomo minha empreitada bloguística para fazer 2 race reports. Começando de trás para frente, com a prova de hoje. CAMPEONATO PAULISTA DE DUATHLON – S.B.C Eu tinha uma única certeza, a de que ia doer, porque sim, é pior que triathlon. Mas já diz o ditado: quem conhece não se assusta, quem não conhece, não sabe o que é. Fui disposta a fazer muita força. Um dos aprendizados já está ai: sei que não sou a atleta mais experiente do mundo, mas tb não sou mais novata. Quando me concentro corretamente e me disponho a fazer força, eu consigo. Meus “e se” são as minhas próprias limitações. Físicas e pscicológicas. (Não que isso tenha a ver: neste momento o Glau está roncando.... ai meu Deus, tomara que não esteja sonhando com nenhuma elfa.) Voltando ao início da prova. O local da prova era quinze minutos da minha casa, em São Bernardo, mas eu consegui chegar em cima da hora. Não gosto quando isto acontece, fico meio atrapalhada e ansiosa. Como a transição é super simples, deu tudo certo. Largada, todo mundo correndo a milhão. Eu lá, no limite. Não sei das parciais, porque não tinha marcação de KM. Só sei que fomos forte, eu e mais 3 meninas da minha categoria, juntas. Transição super rápida, deixei as três mas elas me pegaram rápido, com pouco mais de 1km de pedal. Pensei: é minha chance de pedalar na roda delas (valia vácuo), não vou perdê-las nem ferrando. De novo, fiz força. Era um circuito de 5 voltas e as meninas abriam nas retomadas... eu tinha que “ralar” pra não deixar abrir. Uma delas abriu e ficamos em 3. Na quarta volta, numa das curvas, um cara tentou entrar na minha frente para pedalar com a gente... eu mandei a bike pra cima dele, não deixei não... quer vir venha atrás mala... hahahahaha... na verdade eu nem pensei direito, eu só mentalizei “não vou perder esta roda, não vou perder esta roda” (nossa, que pornô!!!). Pronto, acabou: 20 km passam muito rápido, é verdade. Transição encaixada, bora correr mais um tiquim... 2,5km. Deixamos uma das meninas para trás, agora éramos duas. No finzinho, faltando pouco menos de 1km, ela apertou mas eu não consegui reagir, mas não porque estava quebrada, porque estava forte e não dava mais. Fiquei em 4ª da categoria e feliz porque consegui fazer meu melhor. Vale comentar: que troféu mequetrefe... de plástico. É Campeonato Paulista, deviam ter caprichado. Depois ficamos lá confraternizando, as meninas da minha categoria são super gente fina, a Claudia mas as outras que não lembrarei o nome. Esta parte foi legal. Agora, perguntas mil: tudo bem, a natação é meu pior esporte, mas será que falta eu sair com mais raça para nadar. Minha bike melhorou muito, mas ainda não é suficiente, vamos continuar investindo... REBOBINA... 2 SEMANAS ANTES... GPI EXTREME TRIATHLON Prova em São Carlos, interior de SP. 1000 natação + 100 km pedal + 10 km corrida Encarei esta prova como um treino para o Meio Iron que quero fazer em Agosto. O objetivo era correr bem depois de um pedal longo, porque, entre nós, minha corrida em Pirassununga foi um fiasco. Tudo bem, correr 10 é bem diferente de correr 21... mas já é um treino. A natação foi o de sempre, sai por último mas ok, neste início de ano foquei meus treinos no pedal, confesso que nadei pouco. O pedal. O que posso dizer... Jesus Crimes! Não tinha 100km fechado, mas os km que tinham valeram por 150! Só subia, depois só descia. Já começamos subindo, uma super inclinada. Mas depois era uma espécie de “falso plano”, sei lá... eu olhava o Cateye e olhava o pneu, mas ele não estava furado... ai eu olhava o cateye e olhava a corrente, mas não estava enferrujada. Até eu entender o que estava acontecendo e aceitar que seria daquele jeito mesmo, demorou. Enfim, dava para dar uma descansadinha nas descidas, comer, etc. Na última volta eu fiz biquinho, quis dar uma choradinha na subida da capela, mas segurei a onda e engoli o nó da garganta... A corrida foi ótima, tinha subida tb, mas eu consegui cumprir meu objetivo e corri bem, soltinha, me sentindo A VELOCISTA. Se bem que eu tenho uma teoria: depois de um pedal longo, tudo que se quer é dar uma corridinha, por isso no começo vai que vai. Será que estou certa... Terminei a prova e não tinha mais Red Bull pra tomar, fiquei muito brava! Depois fiquei feliz de novo e “simbora” pra SP de novo (nossa, achei São Carlos longe). Na semana seguinte fiquei quebrada, fui pedalar na quarta e não conseguia olhar pro lado, só para frente, o pescoço doía que só vendo. Mas até que recuperei bem, não fiquei gripada (apesar da resistência ter abaixado um pouquinho) e na semana passada já estava treinando bem. Foi isso!!!!!!