WORK HARD AND PLAY HARD

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

TRIATHLON NÃO CAUSA DESMAIO, PODE FAZER QUE É BÃO!!!

Estava na casa dos meus pais neste sábado à noite, bem na hora do Jornal Nacional.

O Glau estava na sala com meu pai e gritou “Carol, corre que vai passar uma matéria sobre triathlon” . Eu corri da cozinha para a sala, um tiro de 10 metros digno de um Fast Tri, acompanhada pela minha mãe e pelo Átila (o cachorro).

Todos a postos. A reportagem começou falando do evento, mas logo passou a enfatizar o desgaste físico da modalidade, a fisiologia durante as transições, tudo endossado por depoimentos de médicos e imagens de provas, incluindo uma atleta desmaiando, com direito a replay, para reforçar que o negócio “é bruto”.

Minha mãe, que sempre gostou e incentivou este meu lado triatlético (salvo algumas exceções, quando não cumpro compromissos sociais para treinar), ficou preocupada: tem perigo de desmaiar? Nossa, é assim tão “sobre-humano”? Fiz alguns esclarecimentos e seguimos para o próximo assunto da noite, sem dar muita bola.

Hoje no trabalho, várias pessoas me abordaram com um “bom dia”, seguido de “lembrei de você este final de semana”, emendando um “nossa, como é difícil o triathlon, é sério que as pessoas desmaiam?”.

Olha a força do JN!!! Não é a toa que se trata de um dos espaços mais caros para se anunciar qualquer coisa.

Não vou nem mencionar a responsabilidade que a emissora tem, nem o quanto o programa poderia ser utilizado para benefício/esclarecimento da sociedade. Entraríamos por veredas filosóficas, obscuras e até paranoicas em relação aos meios de comunicação em massa.

Mas no meu ponto de vista, esta reportagem, ou foi mal feita, ou foi tendenciosa.
Tecnicamente, tudo o que foi dito está correto, mas incompleto. A atleta Flavia Fernandes chegou a comentar, mas não ficou claro/enfatizado que os atletas, amadores ou não, estão preparados para aquilo e treinam para minimizarem os impactos fisiológicos das mudanças de transição.

Atletas (não só os tri) são pessoas obstinadas, que querem superar suas marcas, vencer competições. Vez ou outra, eles superam seus limites e colhem as flores ou dores de sua superação:

Flores: recordes, medalhas, histórias que viram lendas de superação, confiança (na sua capacidade, no seu treino, no seu técnico, nas suas escolhas, etc)

Dores: lesões, “quebras”, desistências, etc;

Com o tempo, o atleta passa a se conhecer e a identificar esta “zona do perigo”, e passa a determinar os momentos chave para adentrar por estas zonas, normalmente assumindo riscos calculados e gradativos.

Falando do Triathlon, juntar 3 modalidades, as vezes em distâncias enormes como um Iron, aumenta a dificuldade da coisa, mas não invalida o que está escrito acima. Nem para um amador máster pró, nem para um amador pangaré como eu. Você se prepara, conhece a “zona do perigo”, faz escolhas, assume riscos. Normalmente é assim.

Notou alguma semelhança com outras coisas da vida? Trabalho, ou qualquer outro sonho/desejo/objetivo?

A moça que desmaiou na competição, na imagem mostrada pela Globo, podia ter nadado/pedalado mais forte do que seu normal; podia ser uma novata em transições; ou podia ter se alimentado ou dormido mal naquele dia; podia estar com a resistência baixa/doente; ou várias destas coisas ao mesmo tempo. Teríamos que perguntar para ela.

Vá fazer triathlon, é bom demais. Coloque a cara na água, a bunda no selim, o pé na estrada.

Não é preciso muito, só treino, gostar do que faz e a dedicação do tamanho do seu objetivo.

Vc não vai desmaiar se treinar seu corpo, traçar metas gradativas e dosar na intensidade. Pelo menos até ficar bom(a) o suficiente para poder “socar a bota” e contar, orgulhoso(a) e pomposo(a), que baixou o espírito do The Flash, aí a alma foi, mas o corpo ficou na transição*.

PS: * o que seria uma história e tanto... mas abafa... Senão batem o carimbo “louca” na minha testa, e todo o meu esforço para escrever as palavras belas e sérias deste post vão por água abaixo – rsrsrs.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

INTERNET

"Errar é humano, mas para fazer uma monstruosa cagada é necessário um computador"
Foto by Seth Casteel

Ouvi dizerem
"Tem muito lixo na Internet"
Aí doeu....
Que culpa tenho eu...
São só palavras e memórias
Tolas histórias
Mobilete, Chiclete, Janete
Nada rima com a porra da internet

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

PROVA EM PIRACICABA E OUTRAS COISAS

Venho matutando, matutando, recortando antigas idéias, colando aqui e acolá. Confesso que tenho feito isto desde Penha. Confesso que senti uma certa amargura, nada demais, mas meio difícil de calcular. Eu sou teimosa e fiquei com isto meio engasgado. Festejei numa seqüência de provas, espécie de ritual de descarrego, minha resposta àquele bonequinho IM, meu “tô nem aí” + dedo do meio. Depois sosseguei e resolvi , ainda em 2011, treinar sério para o Internacional.

Mas eu matutei, matutei, matutei... e coloquei as coisas no lugar (tentei). As decisões precisavam ser tomadas...

A principal delas foi a de que eu tenho que continuar treinando. Treinar, este é o caminho. Só este.

Decidi montar minhas planilhas sem ajuda de um treinador. Não acho que um treinador seja desnecessário, muito pelo contrário, agora eu vejo o trabalho que eu dei para o Brito e o Vavá, com esta minha “metamorfose ambulante”, que no mesmo mês quer fazer prova curta, prova longa, etc. Mas agora faz parte do meu aprendizado cuidar do meu planejamento (o que me leva ao ponto seguinte).

Quais provas fazer? Tenho pensado que a questão não é mais ou menos provas, a questão é “qual prova e porque”. Então, fiz criteriosamente minha programação para o primeiro semestre. Decidi não fazer o Internacional . Fiquei mil vezes tentada a fazer outro Meio... mas isso não ajuda meu objetivo principal para 2012: fazer uma boa prova longa. Contraditório não... (rs). Em 2012, eu vou atrás de base, experiência... fazer outro meio agora já seria apenas completar mais uma prova.

Outra resposta que ainda preciso elaborar: por que não um treino muito louco, ao invés de uma prova?

Neste início de ano tem sido conciliar treinos com uma fase peculiar da minha vida profissional (muito trabalho). Mas tenho conseguido, entre mortos e feridos. Porém, pressinto que esta é a única coisa que pode me atrapalhar.

Pois bem, a vida transcorre normalmente desde então, e no último domingo fui fazer um short Piracicaba. Por que? Porque adoro esta prova, como já descrevi em outra ocasião. Esta eu fiz por prazer e diversão mesmo (e porque não atrapalhava os treinos). Faz parte, quero continuar me divertindo (desde que não atrapalhe os treinos). Estou ficando meio esquizofrênica não – rsrsrs!!! Ainda está difícil equilibrar razão e coração.

A prova foi ótima, o clima colaborou: fresco, não choveu forte. Fui para fazer força, fui pronta para não ceder com facilidade. Não estava com os treinos de velocidade em dia, mas era isso: agradecer por estar lá e fazer força.

Afoguei um pouco na natação, mas me senti mais forte na bike (subidas) e consegui encaixar o ritmo na corrida. Não sei o tempo, fiz questão de ir sem relógio, mas acho que foi bom, quero ver na internet.

Curti tudo, a organização (estas provas do interior são ótimas opções para fugir do circuito Santos) e o percurso, que apesar de ser short, tem subidas na bike e na corrida.

Agora é isto, paciência e amor para aprender com o tempo, com cada treino, com cada prova!

PS: neste meu mundinho, nem me dei conta de que ia rolar o IM 70.3 Panamá (uma prova que eu me cocei muito para fazer) e mais, de que o Lance ia participar. Fiquei super feliz com o resultado, o cara é uma lenda... mas depois me cocei mais um pouquinho... será que ele dopa? ? ?