“Para saber se a água de um balde está quente ou fria, deve-se meter a mão no balde. De nada servirá a discussão, por mais brilhante que possa ser” – Sabedoria Zen
Planejamento
Olha a diferença entre o pensamento oriental e ocidental.
Um mais voltado para mensurações, o tangível, e o outro mais zen...
Eu, aos 45 do segundo tempo, fiz meu planejamento de prova, de tempos, de alimentação, de viagem. E mais... planejei o depois. Sim sim, eu ia parar, mas ganhei uma curta carência e fecharei 2012 triatlética, cheia de planos e provas.
Caderneta
Eu amo cadernos, caderninhos e afins. Adoro escrever à lápis (não que isso tenha alguma coisa a ver...). Para Pira, eu comprei um especial e lá anotei tudo o que tinha que fazer, de quanto em quanto tempo comer, o que fazer 2 dias antes, etc. E foi o que foi. Por curiosidade, quantifiquei (tb amo estatística, principalmente aquelas que não indicam nada, preciso parar com isto antes mesmo de deixar de treinar, pois isso sim vai me deixar louca) e pasmem.... 45% saiu de acordo com o planejado. Ok, várias justificativas para defender o planejamento, realmente ocorreram imprevistos graves na bike e a corrida foi.... hum... difícil (hehe).
Para Penha, fiz uma tosca planilha de Excel. Faltou glamour e tempo. Em compensação, mais experiente, desenhei 3 cenários: o Paraíso, o Realista, o Aceitável.
Qualidade e Bem Estar
Tenho a sensação de que treinei menos e com mais qualidade. “Treinei menos” é heresia, talvez “descansei mais” seja o termo adequado. Tirando as dores e a quebradeira normal de treino, não tive problemas na minha preparação (como tive para Pira, joelho, tíbia, costas).
Sofrimento e Penar
Treinei minha mente para sofrer. Fiz treinos onde sofri, principalmente de corrida. Meu objetivo era aumentar minha zona de DESconforto. Meu mantra foi “eu gosto de massagem, mas tenho que sofrer na prova, tentar ir mais rápido...”. Brincadeiras à parte, tem dado certo, o que nos leva ao próximo ponto...
Confiança
Estava mais confiante, tudo deu certo nos treinos. Prova é prova... mas era outra pinga, já não estava nas minhas mãos.
Confiante? Sim! Preparada? Nunca!
Mini Race Report
Viagem = tranquila, sem imprevistos. Tirando o Glau que alugou um carro em Joinville (fomos para Navegantes).
Tempo = frio na quinta à noite (tomei até vinho para esquentar), sexta MUITO frio e vento, sábado (dia da prova) MELHOR que sexta, mas ainda frio para mim. Ok, eu sou uma banana para frio.
Alimentação pré-prova = ok, dentro do planejado, sem imprevistos.
Sono pré-prova = idem (difícil eu não dormir – será que estava relaxada demais? Será que é melhor ficar mais preocupada? rsrsrsrs).
Natação = água muito fria, roupa de borracha larga... mas o tempo foi dentro do previsto.
T1 = neurônios congelados. Peguei aquela sacolinha e simplesmente não sabia o que fazer com ela, fiquei mega atrapalhada, resolvi colocar uma blusa para pedalar (friuuuuuu) e ela não entrava. Paracia que estava tentando sair de uma camisa de força.
Corrida = aqui o bicho pegou... de novo! Apesar de bons treinos, de transições realmente muito boas, me senti muito mal na corrida. Já saí com o batimento lá em cima e correndo abaixo do ritmo programado. Pensei que talvez fosse o frio, tenho asma e demoro para encaixar com temperaturas mais baixas, mas não. Fui em um ritmo lastimável do qual não consegui nem aumentar, e nem precisei diminuir –rs. Simplesmente não encaixou. Porém, ao contrário de Pira, a cabeça não foi o problema. Estava satisfeita com a prova e com tudo até ali, sabia que estava mal e que não tinha muito o que fazer... a não ser aproveitar e me colocar uma única condição: não andar (terminar eu sabia que terminaria... e melhor, viva - rs).
Bike =estava ventando, mas eu já estava preparada para isso. Treinei para fazer em 3hs e mesmo fazendo força, fechei em 3h20 (dentro da margem de segurança de um dos meus planejamentos). Senti uma dor na coxa direita, logo no comecinho (na verdade, senti esta perna na natação – quando “lembrava” de batê-las), mas fui alternando a posição e não chegou a atrapalhar. Ah... e vamos combinar, NÃO vale vácuo.
T2 = por conta do desastre na T1, fui mentalizando a T2 para tentar ir mais rápido.... KKK... coitada! Parei na frente das sacolinha, abri, olhei olhei olhei... (não tinha nada demais, meus géis, meu tênis e só), aí o staff veio me avisar que eu tinha que ir para a tenda... “ah é”. Daí resolvi fazer xixi e só então... sair para correr.
Corrida = aqui o bicho pegou... de novo! Apesar de bons treinos, de transições realmente muito boas, me senti muito mal na corrida. Já saí com o batimento lá em cima e correndo abaixo do ritmo programado. Pensei que talvez fosse o frio, tenho asma e demoro para encaixar com temperaturas mais baixas, mas não. Fui em um ritmo lastimável do qual não consegui nem aumentar, e nem precisei diminuir –rs. Simplesmente não encaixou. Porém, ao contrário de Pira, a cabeça não foi o problema. Estava satisfeita com a prova e com tudo até ali, sabia que estava mal e que não tinha muito o que fazer... a não ser aproveitar e me colocar uma única condição: não andar (terminar eu sabia que terminaria... e melhor, viva - rs).
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