WORK HARD AND PLAY HARD

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

FUTURO PÓ


EXCESSO EXCETO
Lenine e Arnaldo Antunes

O que se abre aberto
Se aproxima perto
Pra esvaziar o já deserto

Desorienta o incerto
Ruma sem trajeto
Nunca existiu mas eu deleto

Querer sem objeto
Voz sem alfabeto
Enchendo um corpo já repleto

O excesso, o exceto
Etc e todo resto
Do chão ao céu, da boca ao reto

Eu só eu, no meu vazio
Se não morreu, nem existiu
Só eu só, no meu pavio
Futuro pó que me pariu

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