Esta é uma época abundante de matérias nas revistas e sites esportivos sobre este tema, acho que pelo contexto. Sempre que entramos em uma nova estação, batata, surgem várias reflexões sobre o assunto.
Batido ou não, este tema é importante no processo ser (aspirante de) atleta e é uma das vantagens de treinar Triathlon ou qualquer esporte que te obrigue a ir além das 4 paredes/linhas.
É ótimo poder desencanar um pouco da performance (vá lá, alguns segundos só, nos treinos!!!) e contemplar o entorno, olhar o céu, o mar e o povo ao redor.
Para mim é um ritual, é uma forma de nos aproximarmos dos nossos ancestrais, aqueles que moravam nas cavernas. Dada as devidas proporções, considerando as tragédias climáticas e os problemas sociais, acho que atualmente somos pouco afetados pelo tempo se nos compararmos a eles
Claro querida Carol! Séculos de evolução nos separam. Só sobrevive aquele que se adapta.
Quem sai tranquilamente para dar uma corridinha ignorando que chove lá fora? Nestas horas, a maior parte das pessoas cola os rostos na tela: de TV, computadores, cinemas e quem sabe, alguns mais chiques & famosos, nas telas das obras de arte! Mas correr na chuva talvez seja a mais óbvia das experiências “Go Outside” que o esporte oferece. Há algum tempo, estava almoçando em Piracicaba com minha família. Passamos no parque em frente ao restaurante e eu disse que já tinha nadado no lago do parque. Todos viraram... “hãããã??? Surreal”. Hoje mesmo estava comentando com uma colega de trabalho, parada no trânsito de uma avenida movimentada, que iria experimentar pedalar nela no dia seguinte, porque era mais perto de casa... “hãããã??? Surreal”. E nos tempos áureos de surf, lembro de ter caído no mar num dia muito tenebroso de julho, com um short john que comportava 2 corpos meus (peguei uma baita gripe no dia seguinte, abafa!).
Pois é, este mesmo tempo que compõem cenários, pode mudar de componente à oponente. É o preço que pagamos pela “vista para o mar”: encarar o frio, o vento, a falta de vento, o calor, correnteza, às vezes tudo no mesmo dia.
Confesso que eventualmente me irrito, nem tudo são flores. É fato que para cumprir a rotina enorme de treinos a gente tem que adotar uma postura “o que vier eu encaro!”, senão trabalhos preciosos são perdidos. Mas nem sempre é fácil e romântico assim. Estas chuvas enchem o saco. Eu fico tentando me informar sobre como está o tempo no local de treino, etc. O pedal é pior, porque fico naquele “vou pra rua ou vou pro rolo; vou pra rua ou vou pro rolo”, não tem coisa que me irrite mais do que este “vai ou não vai”. Sem contar que durante a semana pedalo em avenidas que ficam bem longe do cenário Tour de France. No lugar das paisagens bucólicas, o que temos são carros, faróis e prédios. Como diz a música: eu fumo e tusso fumaça de gasolina! Mas eu adoro porque no fim, o trabalhão todo é para andar de bicicleta (eba!).
Limousen - França - Tim Marnakell
Outro aspecto que não pode ser esquecido: o calor e o frio!!!!! Adoro o calor. Na Corrida de Reis no início deste mês, naquela famosa concentração pós prova, a reclamação foi sobre o sol. Na contagem dos tempos e comparação de performances, culparam o calor. Eu não senti tanto, calor estava em Pirassununga, isso sim. Passar por situações extremas como Pira nos deixam mais resistentes. Confesso que fiz uns treinos secretos nas minhas férias, no interior, com o bafo cozinhando, isto também ajudou na de Reis. Já o frio me deixa meio adoentada, eu sofro.
Este fds terá uma programação de treinos de natação outside, no sábado e no domingo! Sair da piscina é o máximo, minha rinite agradece. Depois eu conto como foi!
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