Ainda reticente sobre escrever um post contando meu retorno
ao tri...
Estou em processo de adaptação, e as mudanças não param.
Amanhã, pode não ser mais nada disso. O Miguel está cada
mês de um jeito (e suas mudanças vão influenciando minha maneira de viver e de treinar),
voltei ao trabalho ha pouco menos de 20 dias. A pergunta que não quer calar é “quando
será que realmente me adaptarei e criarei uma rotina para chamar de minha?”. Bem
reticente neste momento.
...
A vontade de treinar estava comigo desde a gravidez. Não
pude me exercitar neste período, então ficava sonhando com o dia em que faria
um triathlon novamente.
Não vou ser hipócrita, pensei muito em voltar a treinar
durante a gravidez.
Antes de ser linchada, explico que nestes sonhos meu filho
estava comigo. Desejos como vou levá-lo
nos treinos, ele vai nadar com o pai enquanto treino (depois trocamos), ele vai
para as provas comigo, vamos correr (o carrinho é apropriado), foram projetados
no astral.
Porém (quase sempre tem um porém), aprendi a controlar a
expectativa quando tive um descolamento na gravidez. Imaginava que seria aquela
grávida que corre e tal... hummmm... nãnãnã... nem sempre é como queremos.
Agora sei que só o
tempo dirá se meu bebê será um tri-baby, como eu tanto quero.
Meu parto foi normal, então com 20 dias estava liberada para
atividades leves. Estava um putza frio, eu não tinha quem olhasse o Miguel, e
ele era um caboclinho mamador, quase de hora em hora queria peito. Solução? Fiz
tudo dentro de casa. Pulei corda, descolei pesinhos, “me auto montei” uma série
de exercícios funcionais.
Antes de ser linchada: fiz tudo com muita parcimônia, comecei
com 20 minutinhos e não ultrapassei os 30 nesta fase inicial. Aos poucos fui
indo, coloquei o rolo/bike na sala e comecei a pedalar os mesmos 20/30 minutos.
Quando o tempo melhorou (ficar doente não é uma opção quando se tem um bebê),
fui correr na rua. Aí o bicho pegou, os kgs extras que engordei pesaram
literalmente.
Fui indo, aumentando
o tempo de treino para 40 minutos.
Mas faltava. Faltava nadar. Faltava fazer um TRI. Desculpem
os corredores, ciclistas e nadadores, mas quem já fez sabe que não é a mesma
coisa. Você nada, mas falta pedalar. Você pedala, mas falta correr. Se você corre mas não nadou nem pedalou.. faltaram 2 coisas.
Matutadora que sou, comecei a matutar como eu faria para
fazer este tri. O processo criativo foi mais ou menos assim:
- Treinos nas manhãs (madrugadas), enquanto Miguel dorme e Glau está em casa, para qualquer emergência = ok, possível.
- Apoio do marido para eventuais treinos noturnos ou “esticadas” no fds = ok, apoio captado.
- Nutricionista e dieta (considerando que ainda amamento) para não judiar dos joelhinhos carregando peso extra = ok, possível.
- Pensar em provas para garantir a motivação = ok, adoro!!
- Montar rotina de treino, pensando em base para perder peso e ganhar condicionamento, com mais corrida e ciclismo, menos natação (logística mais difícil para nadar), porém com treinos eficientes na piscina, musculação porque perdi muita massa (e fortalecer joelho tb) = hummm começou a complicar, meus conhecimentos para montar esta rotina não são suficientes. Tempo para estudar e adquirir estes conhecimentos.... esquece! Preciso de ajuda....
Foi quando resolvi voltar a treinar com uma assessoria. Isto
significa: sem preocupação em montar o treino, certeza de que você está fazendo o melhor treino, pessoas ao redor para comparar e
motivar, mais estrutura e conforto nas provas.
Como comentei no início do post, estabeleci algo parecido com uma mini rotina, mas é preciso
jogo de cintura e alternativas. Não é fácil, mas é possível. O condicionamento
também custa a vir, mas está chegando aos poucos.
O maior ganho que tive, nestes meses em que estou tentando
ganhar consistência nesta rotina triatlética.... é justamente este: tentar ganhar consistência na rotina
triatlética. É estar no meio da “confusão”, treinando, bem ou mal. Se não da melhor forma,
paciência, mas treinando.
Nas minhas aspirações, chegará o dia em que tudo se
encaixará melhor. Então eu terei esta vantagem, a de já estar no meio do
burburinho, seguindo neste caminho que tanto amo.
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