WORK HARD AND PLAY HARD

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

3 MESES COM MEU PASSARINHO

Os meses voaram junto com meu passarinho, e ele não é mais aquele bebe conchinha, que se encorujava todo no meu peito. Nada é calmaria, tudo continua transbordando, meu amor e apego por ele... e ele pra fora da almofada de amamentação, que está ficando pequena muito rápido.  Tudo continua mudando....

Retrospectiva Miguelzinho: Que belo novo dia!!

cheguei com um presente        
  • Já dorme direto, não todos os dias, é verdade, mas já teve boas noites de sono (contribuindo para beleza e sanidade da mamãe).  
  • ·         Dorme bem de forma geral, mas existem alguns sinais de que talvez ele seja da noite (dorme mais gostoso e profundo de manhã e não “capota” antes das 10hs).
  • ·         Gira 360º durante a noite, enquanto dorme.
  • ·         Que belo novo dia!! Acorda muito feliz e risonho. Puxou o pai nisto.
  • ·         Desde de novinho, não gosta de jeito nenhum que o carreguem como bebe, deitadinho. Quer ficar ou olhando sobre o ombro de quem o carrega, ou na sua posição favorita, sentadinho olhando para frente.
  • ·         Nesta posição ele se esbalda fazendo gracinhas para as pessoas, mexendo as perninhas e os bracinhos.
c                                                  passarinho abriu os olhinhos
  • ·         Já deu sua primeira gargalhada, com o papai, num dia em que eu não estava em casa. Apesar do tiquim de ciúme, gostei muito da cumplicidade dos dois (assunto que renderá mais um post).
  • ·         Outro que consegue arrancar gargalhadas do mini-cara é o vovô.
  • ·         Ainda tem seu bigodinho e continua peludinho. A médica falou que vai cair mais ainda não caiu.
                                   quero ver você voando, quero ouvir você cantando
  • ·         O cabelo caiu bastante na parte da frente, está com corte Arnaldo Antunes.
  • ·         Já gosta de tomar banho – ufa!
  • ·         É muito curioso, gosta de olhar para a TV, as luzes e o som o atraem. Mamãe ouve de todos: nossa, vai ser noveleiro igual o pai.
                                                    passarinho, mas moderno
  • ·         Faz sempre uma manha quando coloco no bebe conforto, no carro. Faz forcinha com pescoço para levantar. Chora tb  quando carro para no trânsito, parando assim que voltamos a andar.
  • ·         Tudo tem limite. Curte as coisas naturebas da mãe, como shantala, banho de balde e sling, mas médio. Tem dia que manda um “sai pra lá com isto e me deixa em paz”.
                                                  colagem de passarinho´s mil


Retrospectiva Carol : Como se não houvesse amanhã!
  • ·         A insegurança de sair de casa durou 1 mês só. Agora, saracuteio para cima e para baixo com meu pequeno a tira colo.
  • ·         Não tenho a menor cerimônia e preocupação na hora do mamar. Procuro um lugar confortável e faço meu filho feliz, sem me importar com o que as pessoas acham.
  • ·         Estou me achando muito mulambenta, a louca do sutiã de fora.
                                                          carol vê estrelas
  • ·         O ciúmes do pequeno está diminuindo. É.... mesmo não demonstrando (acho que não.... kkkk) e trabalhando isto desde o 1º segundo de vida do Miguel, queria meu pequeno embaixo da MINHA asa foreverrrrrrr.... (mamy poderosa?????  tô fora!!!! trabalhando isto TODOS os dias e segundos).
  • ·         A preocupação com o futuro tb está passando aos poucos. Estou aprendendo a amar o Migas como se não houvesse amanhã.
  • ·         Apesar de todo o zelo e de fazer questão de cuidar de tudo o que é dele, as vezes descuido de algumas coisas. Exemplo: um dia me dei conta de que o suvaquinho dele estava cheio de uma espécie de lãnzinha... ou seja, sujeira mesmo (as dobrinhas desta região e do pescocinho requerem atenção especial).
                                       mamãe e passarinho 1 dia de vida: cara dum...
  • ·         Parei um pouco de tirar fotos. Um pouco.
  • ·         As coisas com o Glau estão voltando ao normal, mas ainda estou morrendo de saudades dele (do que tínhamos antes do Miguel – isto renderá um post futuro tb).
  • Voltei a fazer exercício desde o 20º dia do Miguel, mas agora já me sinto um pouco mais segura para correr, fazer as coisas com um pouco mais de vigor (tb renderá outro post). 
                                               mamãe pira "nas colagem"

                                                            quebrando o gelo



PS: e tantas outras coisas nós fizemos e descobrimos.... mas eu tinha que terminar este post antes dele completar 4 meses. 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

MEU PASSARINHO NASCEU!

(BIRTH REPORT - 2 meses depois.... demorou mas este post saiu)

Miguel, meu passarinho. Nasceu e foi mais ou menos assim...


Eu estava esperando por ele, e ele veio no dia em que quis: 13 de agosto de 2013.
A previsão era dia 20. Eu achava que nasceria no dia 15, após a virada da lua. Ouvi uma explicação racional para o fenômeno e coloquei minha certeza na nossa linda e poética lua. Não que eu seja 100% racional, ninguém é, principalmente no quesito maternidade. Mas a minha ansiedade em saber o dia exato do nascimento foi enorme. Igual criança em viagem querendo saber a que horas/minuto/segundo chegará ao destino final. Eu seria capaz de apelar para gurus, revistinha do João Bidu, biscoitinho da sorte do China in Box... qualquer coisa. Se promovessem um encontro com Dalai Lama, eu deixaria de lado as questões da alma e perguntaria “que dia meu bebê nasce???”. Fiquei com a questão martelando na mente 8 dias por semana , fingindo que levava uma vida normal.


Trabalhei até dia 09 de agosto e, nos meus planos, teria até dia 14/15 para descansar e ajustar os últimos detalhes (ainda faltavam algumas coisas).
No sábado 10 de agosto, tive um leve sangramento.  Sabia que era normal, liguei para o médico e ele me disse para ficar atenta, mas que não era um sinal de parto imediato (o sangramento pode acontecer até 7 dias antes do parto). No sábado ainda, comecei a sentir cólicas, pareciam intestinais e logo as atribuí ao sushi que comi no jantar do dia anterior (sim, consumi peixe cru durante a gravidez).
No domingo 11/ago, dia dos pais, o almoço foi em casa, eu já não estava muito disposta para me locomover ou ir a restaurantes. Continuava com a cólica, mas desta vez percebi que tinha um pico de dor, a cada 1 hora, 40 minutos, e que ela ficava intensa e passava rapidamente. Desconfiei, fui para o hospital no final da tarde – sem dilatação.... o bebê não ia nascer. O médico me disse que eram as tais contrações falsas.
A segunda 12/ago.
Fazendo uma analogia ao triathlon, foi o início de uma prova longa. Imagine largar, mas sem saber exatamente se está valendo, se a prova começou. Passei a manhã toda no sofá, com a tal da cólica. Não liguei para ninguém até que tive uma leve diarréia perto da hora do almoço.
- “Dr Dutraaaaaa.....”.
- Bom, diarréia não é normal, ainda mais se vc comeu algo que desconfia ter feito mal. Provavelmente está com algum desconforto intestinal. Acompanhe o horário das dores e o sangramento – disse o Dr.
Espero mais um pouco, ainda com dores (ficando mais intensas, ainda a cada 40 min/ 1 hora).
- “Libanoooooooo.....” (terapeuta alternativo com quem me consulto, faz do in, acupuntura, entre outros trabalhos de orientação maravilhosos... fiz um trabalho com ele bem bacana durante a gravidez).
- Agüenta, se não agüentar, venha aqui mais tarde.
O Glau chegou. Eu queria segurar a onda, ficar forte. Se fosse cólica intestinal, não poderia tomar nada, além do que não queria ir novamente para a maternidade e ser “alarme falso”.  Mas as dores começaram a ficar mais fortes e mais freqüentes.
10 horas da noite, fomos para a clínica do Líbano. Aperta aqui, aperta ali..... já era meia noite passada... só a dor não passava.
- Não é intestino, seu bebê vai nascer. Você deve escolher entre ir para o hospital agora, ou esperar amanhecer e ir cedinho....
Não sei bem o motivo, não me lembro, mas escolhi ir para casa. Acho que “ir amanhã cedinho” soou melhor, mais seguro (ou inconscientemente eu precisava de mais um tempo??).  Chegando em casa, sabendo que não dormiria, fui direto para o sofá da sala. Liguei a TV. Deitei. Dor. A dor. PUTA dor. Não dava para respirar ou me mexer. O Glau colocava a mão em mim, na intenção de me confortar, mas parece que doía mais.
- Glau... vamos para o hospital agora!
A partir daí, foi tudo muito rápido (e doloroso). Chegamos às 2hs da madrugada, o Miguel nasceu 4h32 (estes 2 minutos contam).
Cheguei com 6 de dilatação. Já fui para o quarto, Dr Dutra, Líbano, Glau... todos lá. Exames, agulhas de acupuntura, dedadas (pois é)....” leva para a sala de cirurgia”.
Eu treinei tantas técnicas de respiração na yoga... para sabe lá fazer o que na hora. Também não cheguei a pensar no conselho de uma amiga atleta: “é como na prova, vc sabe que no final vai doer, mas vai passar quando cruzar a chegada... e vai ficar feliz por ter feito aquela força”. Pelo menos não com esta clareza toda. Foi mais ou menos assim...
Primeiros momentos (eu comigo mesma):  “a dor vai passar, a dor vai passar”
Momentos depois: “Caramba, dói muito... mas vai passar, N.Sra... vai passar... Jesus... vai passar”.
Momentos finais: “Caral*&$# esta dor não vai passar?? Isto foi uma anestesia ou o que??? Pelamor o que estou fazendo aqui, porque não marquei esta cesárea??”
Doeu muito, mas não me arrependo de ter optado pelo parto normal, faria tudo de novo, foi ótimo para mim e para o bebê. A dor é intensa mas passa, e a gente agüenta! É chavão, mas é verdade.Também é verdade que a gente esquece os perrengues, a natureza é mesmo sábia.
Porque, chega um momento (e não é o da anestesia) que a dor some, e você se dá conta de que Deus existe.
Não é modo de dizer, metáfora.
Quando o médico colocou o Miguel no meu peito, eu perdi o ar, tudo girou, foi uma espécie de transe. Lembro que falei para o Glau “Olha como ele é lindo” (frase que repito insistentemente para ele até hoje). 

"Olha como ele é lindo"

Não foi aquele “romance” de filme, era realmente o amor.
Lembro que fiz um “raio x” dele... vi cada detalhe, que era bem peludinho, que tinha um calinho na boca, bigode, a proporção da cabeça e corpinho, a expressão do rostinho, mãozinhas. Eu cheguei a assistir mais de uma vez, grávida, a estes programas que mostram nascimentos. São emocionantes. Também me preparei para este momento, imaginava como seria. Mas é um milhão de vezes mais intenso. Ptza, eu poderia ficar escrevendo parágrafos e parágrafos, ainda assim não conseguiria descrever. Descobri o verdadeiro sentido da palavra indescritível (acho que em outros casos, a usei de preguiça), por isto vou parar de tentar explicar.
Fiquei um tempinho em uma salinha “reservada”, por conta da anestesia. O Miguel foi receber seus primeiros cuidados médicos. Quando a enfermeira veio até mim e disse “vamos subir”, e colocou o Miguel embrulhadinho na minha barriga/peito, eu não estava esperando. Foi outra explosão de amor. Como pode? Esta coisinha estava dentro de mim! É ridículo, mas eu olhava para ele assim, deitada, com cabeça meio erguida pra ver melhor... “estas mãozinhas, pezinhos... ele estava dentro de mim”.
No quarto, por minha iniciativa, a primeira coisa foi oferecer-lhe o peito. Ele imediatamente aceitou.
Daí em diante, foi só amor, cuidado, sono, cansaço e outras coisas. Algumas já relatei nos posts anteriores e outras ainda renderão novos relatos.

Meu projeto de bebe-menino- homem feliz está só começando.







terça-feira, 3 de setembro de 2013

JUNINHA

Eu achei que era muuuuuito ferradona porque subi a serrinha de São Pedro no volantão!!
Juvenil eu...

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

PASSARINHO QUER DANÇAR!!!


Semana 3

Miguel Dia 13 – Vovô veio passar a manhã conosco. Fiquei bonzinho pra ele ver como sou legal!

Carol Dia 13 – Passou um pouco a adrenalina e euforia dos primeiros dias, e mesmo assim estou muito feliz. Agora é certeza, é muito bom mesmo! Almoço de domingo, pé na jaca total, muito macarrão, muito pudim de leite, muito chocolate.

Carol dia 14 – Miguel teve sua primeira crise “séria” de cólica. Senti-me muito culpada (por coincidência, ele ficou bem ruim depois de ter me alimentado muito mal). Parei com leite e derivados.

Miguel dia 15 – Dia de médico, engordei 200g em 1 semana e já estou com 3.600 kg. Sou um mamador federado, caminhando para o profissional.

Miguel Dia 16: mãe, quantas vezes vou ter que te dizer - não gosto de banho, eu gosto é de mamar!!!!

Carol Dia 16 – Passarinho (Miguel), não dorme não, vai começar o jogo do Djoko! (US Open adiccted!!!)

Miguel Dia 16 – Cheirei a teta da minha mãe e desmaiei, não deu tempo de mamar. Que sono!!! Que cena!!!

Miguel Dia 17 – Minha vovó veio me dar tchau no trocador. Fiz xixi nela... que só percebeu quando minha mãe avisou. Ela ainda disse “O que aconteceu???”. Minha mãe riu de rolar no chão, eu fiz uma cara de “ué??”. (The Osbournes total...)

Miguel Dia 18: são 5hs da manhã e meu pai desenterrou um grande sucesso musical de Gugu Liberato. Minha esperança era minha mãe neutralizar o ataque inimigo, mas ela foi para o lado negro da força e engrossou o coro: passarinho quer dançar, o rabicho balançar... Tchu tchu tchu tchu!!!


Carol Dia 18 – Fui pra rua, voando até o mercadinho comprar umas coisinhas. Estranho dirigir, muito bom ir para rua, ruim ficar longe do meu mosquitinho preto.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

É MELHOR DO QUE TRIATHLON!!

Diário Miguel e Carol – Primeira Semana!!


Miguel Dia 1 – fui para quarto no colinho da minha mãe. Nem eu nem ela tomamos banho.... sem frescura, ainda com o suor do esforço e da vontade de nos vermos pela primeira vez.

Carol Dia 2 – estou boba, sem palavras. Só penso “por que não fiz isto antes??”

Miguel Dia 3 – sobrevivemos graças ao diploma de escoteirismo avançado e sobrevivência na selva de minha mãe. Ah.... E ao climatizador da Tia Tati.  

Carol Dia 4 – Vovó  Janete não desanimou e veio nos  ajudar neste sábado frio. Miguel está padrão (zero um) no seu esquema dorme, come, faz coco. Ganhou de presente seu primeiro brinquedo top.

Miguel Dia 5 – papai esta cada dia mais a vontade com minha presença.  Hoje dancei forro e adormeci nos seus braços.

Miguel Dia 6 – Mamãe pensou isto antes, mas hoje teve coragem de confessar em público para uma amiga – “eh melhor do que triathlon”.

Carol Dia 6 - ouvi e lembrei de vc filho!
"(...)E a pupila acesa do seu olho disse "love"
Bem, se não for amor eu cegue
Bem, se não for amor eu fico
Eu sigo, sigo, sigo, eu fico cego por ti"
Se Não For Amor, Eu Cegue - Lenine/Lula Queiroga

Miguel Dia 7 – acordei de madrugada para treinar. Meia noite e eu me exercitando na almofada de amamentação. Estica mãozinha, estica pezinho. Geme geme uhhhhhh. Geme geme ahhhhhh. Mamãe olhando boba – de sono.

Miguel Dia 8 – mamãe pensou isto antes, mas hoje teve coragem de confessar para Vovó Janete: não queria que eu crescesse, me queria sempre assim, pequenino no meu colo.  Ouvimos Rush baixinho e ela chorou de mansinho....“Summer's going fast, the nights growing colder / Children growing up, old friends growing older / Freeze this moment a little bit longer / Make each sensation a little bit stronger” – Time Stand Still - Rush


quarta-feira, 1 de maio de 2013

9 MESES: PREPARAÇÃO PARA PRÓXIMA PROVA!

Início de texto com o principal chavão deste blog (e de tantos outros): estou sumida, são muitos compromissos e pouco tempo para escrever.  É... acho que estava com pouco tempo para escrever. Pouca vontade também.

Segundo chavão: todo mundo é feliz no mundo virtual, mas eu, durante este período, não estava assim, como dizer, tão feliz. Parecer feliz para os outros, definitivamente, não me preocupa. Talvez eu estivesse muito vulnerável, sem saber por onde começar, como escrever tantas dúvidas e preocupações no blog. Introspectiva também.

Passei o 2º semestre de 2012 com treinos soltos, sem planilha e sem provas, o que já  não rende tantos posts, principalmente em um blog cujo tema central é o triathlon. Estava em fase de pré-projeto.

Terminei o ano já com o “GO”, o tiro de canhão para o meu maior projeto: meu primeiro filho.

 
 
Eh... este é meu novo desafio, minha nova prova, meu novo projeto.
Eram férias de final de ano e eu e o Glaucus resolvemos  fugir de tudo e de todos,  passar as festas sem festas, “isolados” no interior.  Estávamos cansados, depois de um ano de muito trabalho e muitos conflitos, queríamos recarregar as energias, parar mesmo, ter um tempo só para nós, transar bastante (segura a sacanagem aí gente – era para procriação!!!!).
 
Na mala de viagem, roupas, bike, cachorro, ração de cachorro e alguns apetrechos triatléticos. Claro, a nossa rotina de “descarrego” incluía treinar.
Junto levei também um teste de gravidez, que decidi usar no dia de Natal, logo que acordei. Minha menstruação estava atrasada, mas estava segurando a onda (quem tentou ou está tentando engravidar sabe como é).
Positivo, eeeeba! Beijos, beijos, beijos, felicidades e emoção!
E também fim de treinos de final de ano (a bike só foi passear de carro, não rodou 1 diazinho).
Fim de treinos até Março.
Sim, foi exatamente o que pensei, não vou ser hipócrita. Estava mentalmente preparada para este tempo off, mas senti aquele “ai” no meu coração. A eterna batalha mente e coração. Eu quero tudo, bebê, marido, triathlon, trabalho, família, estudo. Mas quando não dá para ter tudo, o jeito é acalmar o coração, e ir mais pela razão.  
Estou quase no sexto mês e, até então, está sendo uma montanha russa, cheia de emoções, altos e baixos, tristezas e alegrias.
Muito enjôo; um amor indescritível no 1º ultrasom morfológico; a falta de chão depois de um sangramento e a constatação de um descolamento; repouso absoluto; volta ao trabalho em slow motion; novos ultrasons mostrando melhora do problema; descoberta do sexo do bebê (menino!!!! Miguel!!!); estudo (voltei a estudar); médica que fará mestrado na época do parto; busca por outro médico; encontrar outro médico; hipotiroidismo... enfim, muitas coisas!
A verdade é que mundo não vai parar durante minha gravidez. As coisas continuam acontecendo, boas e más.  Durante o repouso médico solicitado, não pude ser poupada dos problemas e “apurrinhamentos” da vida. Simples assim!
Ficar calma, tranqüila, é um exercício que deve ser feito com dedicação, mas é ilusão achar que o mundo vai ficar cor de rosa porque você está esperando um filho. Não vai. Das duas, uma. Ou as pessoas vão esconder as coisas de você, e será igual sua festa de casamento: depois de meses vc ouvirá um monte de histórias que não viu, como se a festa não fosse a sua e vc não estivesse estado lá. Ou você tem que arrumar uma maneira melhor de lidar com tudo, contar até 10, dizer “isto não me pertence”,  fechar os olhinhos e abraçar o Buda (meu entendimento de ficar zen é este, bem simplinho, desculpem pela falta de espiritualidade!!!!).
Durante esta pausa eu passei por vales negros em minha mente, mas saí mais forte, e com a certeza de que quero ter meu filho, já o amo muito e não quero “envenená-lo” durante a gestação, nem com emoções, nem com ações.
Quem gosta de Senhor dos Anéis, entrei maga cinza, sai maga branca.  
E sabe Deus o que mais me espera até o final.
Na minha fantasia, a essa altura, o blog estaria repleto de histórias de treinos e gravidez, mas os treinos... ah, treino não vai... as ATIVIDADES FÍSICAS (é difícil viu....!!) ainda estavam proicbídas até semana passada.  Agora estou liberada para esportes aquáticos (natação e hidro), e será só isto até o final.
Vai ser muito engraçado arrumar a mala para fazer hidro, mas confesso que não vejo a hora!
 
 
PS: texto dedicado ao Ticano, que passou as férias conosco andando no mato e comendo manga do chão. Já estava doentinho e morreu em Janeiro. Ticano, vc foi um cachorro maravilhoso, temos certeza que vc  está em um lugar melhor, correndo muito e sem dor!