WORK HARD AND PLAY HARD

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

SIMPATIA É QUASE AMOR!!!!

NO MOMENTO!
Treinos encaixadinhos. Muita natação na represa e treinos no sol e calor.
Não estou mais preocupada com meu bronzeado macaquinho (não tem jeito).
Estou trabalhando duro e motivada (não só na vida esportiva).
MANTRA DA VEZ: “Não há crise que supere a força do trabalho”.

E abusando da sua boa vontade e atenção, vou contar um “causo”.

Na terça passada, estava correndo no parque cheio. Muito cheio. De pessoas andando, crianças de bicicleta, velhinhos olhando a lua, casaizinhos namorando.
Eu lá mandando 11km, tentando fazer meu treino valer, tentando sair da lentidão que me acompanha na corrida neste início de temporada, me esforçando, desviando das pessoas, fazendo “balões” e acelerando o passo para fechar cada km dentro do tempo proposto. Eis que quase na última volta, um rapaz caminha para o meio do MEU CAMINHO. Eu vindo e pensando “deste não vai dar para desviar”. 80mts. Mando um “Ôô” (não sei assoviar). 50 mts. Outro “Ôô” mas o rapaz não faz nem contato visual. 10 mts eu solto um “ÔÔÔÔ”. Ele para e eu passo rente, rasgando. Ele grita irritado “ÔÔÔÔ O QUÊ????????”.
No alongamento, surgiu o assunto de como o parque estava cheio, que atrapalhava. Bom, contei o ocorrido no alongamento e alguns minutos depois, o rapaz aparece, andando com 2 meninas. Eu disse: “olha, foi este cara ai!”. Ele olhou. No que ele olhou, o Glau que estava do meu lado, se ligou e mandou um “este otário aí???”. Ai, pronto! O cara voltou, o Glau levantou. Barraco. Não saiu porrada, empurrão, nada, mas foi aquela discussão. Bom, entre mortos e feridos, nada aconteceu além do bate-boca. Saímos do parque, eu dirigindo, o Glau no passageiro, um carro colado atrás de mim. Era o cara. Quando pôde, ultrapassou e esbravejou pela janela. Paranóia... ele ficou esperando? Ou foi coincidência sairmos juntos?
Compreendo que pode haver um certo sentimento de posse de nossa parte, porque somos os freqüentadores do local, faça chuva ou faça sol estamos lá, e nos sentimos como os locais/caiçaras das praias quando os turistas aparecem para surfar as melhores ondas. De quem é a praia? De quem é a pista? Não é de ninguém. Não é dele e não é minha. Só que existem “regras”, uma espécie de ética entre corredores, que não está em nenhum estatuto (e que pelo jeito só nós conhecemos). Não entre na frente de ninguém que está correndo, ele pode não conseguir parar ou pode se machucar tentando para (ou seja, ele não vai parar – rs).
Meu senso de justiça fica repetindo que ele mereceu, independente de conhecer ou não as leis dos corredores. Ele deu todos os indícios de que é um cara folgado e mau educado, daqueles que xingam mulheres que estão sozinhas por se achar superior.
Mesmo assim, me senti muito mal, uma mistura de ameaçada com culpada. Não sei se falei de alto de propósito, para o cara ouvir. Conscientemente, diria que não. Mas o fato é que eu falei e ele ouviu. E quando o Glau foi tirar satisfação, eu deixei porque achei que o cara merecia uma lição. Um dos meus muito exercícios de vida: “As vezes é bom deixar as coisa ferverem!” funcionou desta vez, eu deixei ferver (ah terapia...), mas não me senti bem.
Prefiro a paz. Sem chavão, não sou santa. Neste caso, é pela praticidade mesmo. Não tenho paciência/tempo para me preocupar com isto. Não queria estar preocupada com isto.
Ah, e eu realmente acredito que simpatia é quase amor! Isto sim!
Só que as vezes as coisas fogem do controle. Fervem!!!! E eu não posso evitar!

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